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“Acumuladores compulsivos”: saiba os sintomas do transtorno e quando buscar ajuda

Condição pode causar sérios prejuízos à saúde e à qualidade de vida

Por Thiago Müller
28 jun 2025, 08h00
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Acumulação costuma ser desordenada (Freepik/Freepik)
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Mais do que simples apego emocional aos bens ou grandes coleções, a acumulação compulsiva é uma doença crônica associada, como o nome sugere, a um acúmulo de objetos de forma desmedida, independentemente do seu valor monetário ou sentimental. Ela se caracteriza por dificuldades sérias de se desfazer desses itens, com prejuízos à saúde física e mental, e às relações sociais.

Trata-se de uma condição psicológica em que há sofrimento e angústia diante da perspectiva de descartar os bens. É importante fazer essa distinção, já que a acumulação compulsiva não ocorre por uma falta de higiene nem por uma escolha voluntária.

No entanto, devido às consequências que o acúmulo promove no dia a dia, pessoas acometidas pelo transtorno frequentemente são socialmente ostracizadas por familiares, convivendo com ameaças de despejo, infestações de pragas e quadros depressivos, entre outros problemas sociais e de saúde.

+Leia também: Você tem dificuldade em desapegar de objetos?

O que define o transtorno da acumulação compulsiva?

O transtorno de acumulação compulsiva, normalmente, envolve o acúmulo de muitos pertences, enquanto o ato de descarte é acompanhado por grande frustração.

A acumulação costuma acontecer de forma desorganizada. Normalmente, há mais satisfação no acúmulo em si do que em desfrutar dos objetos guardados.

Embora seja tipicamente associada ao acúmulo de bens, a condição não se restringe a pertences inanimados: é o caso de pessoas que adotam animais compulsivamente, mesmo não tendo espaço ou condições para cuidar de tantos bichos. A situação expõe a própria pessoa e os pets a inúmeros perigos de saúde.

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Como é o diagnóstico

Um profissional especializado deve analisar as características da acumulação. Uma pessoa que coleciona muitos objetos e os cataloga e organiza, por exemplo, com frequência não se enquadra nos critérios para ser definido como um acumulador, que é muito associado à desorganização do espaço.

Além disso, é sempre presente o sofrimento relacionado à acumulação: o acometido normalmente tem problemas para encontrar parceiros, exibe um histórico de conflitos nos relacionamentos e sofre isolamento social em função das suas condições de vida.

A doença pode estar relacionada tanto a uma questão genética, quanto a eventos e traumas ao longo da vida, sem uma idade certa para se manifestar. Também é relativamente comum que a pessoa com o transtorno não admita ou reconheça que sofre com ele, negando ajuda.

Sintomas do transtorno de acumulação compulsiva

Alguns sinais característicos do transtorno incluem:

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  • Dificuldade de se desfazer de bens;
  • Aquisição excessiva de novos itens, que pode vir de compras, doações ou furto;
  • Acumulação de objetos independente de valor monetário;
  • Acumulação de vários animais mesmo sem espaço ou condições financeiras para cuidar deles;
  • Angústia com possibilidade de se desfazer dos bens;
  • Posses acumuladas a tal ponto que impedem a utilizam dos cômodos da casa para seus devidos fins;
  • Impacto da acumulação nos círculos sociais, saúde ou segurança para si e terceiros.

Transtorno de acumulação tem tratamento?

A melhor aposta é identificar os sintomas de forma precoce. Vale lembrar que o diagnóstico só pode ser realizado por um psiquiatra especializado, então é muito importante procurar ajuda médica para o problema.

O tratamento mais comum envolve terapia cognitivo-comportamental, buscando modificar a crença dessas pessoas acerca das posses, auxiliar a tomada de decisões e a desenvolver estratégias para lidar com o problema. Como é frequente a coexistência com outros problemas psicológicos, o uso de medicamentos, como antidepressivos, costuma ser indicado em paralelo.

O transtorno tem atraído interesse renovado da medicina e novas abordagens podem ser indicadas para casos refratários, conforme a situação.

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