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Vacina contra o coronavírus: 8 principais dúvidas respondidas pela OMS

Teremos uma vacina segura contra a Covid-19 em pouco tempo? A proteção será duradoura? Investigamos documentos da OMS para abordar questões palpitantes

Por Nathalie Ayres
Atualizado em 9 fev 2021, 10h56 - Publicado em 6 nov 2020, 17h43
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  • A ansiedade por uma vacina contra Covid-19 é grande. Com isso, é normal que surjam dúvidas, principalmente sobre quando ela será distribuída e se será mesmo segura e eficaz. Para confundir ainda mais, são muitos os imunizantes em testes.

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    Para te dar uma mãozinha nesse momento, chafurdamos documentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que discutem as principais perguntas sobre o tema. Confira:

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    1. Quando teremos uma vacina aprovada?

    Não dá para cravar uma data para a aprovação e distribuição de uma vacina segura e eficaz contra o coronavírus. Há sempre a possibilidade de interrupções momentâneas de estudos e de que as candidatas em testes mais avançados não funcionem. Ainda assim, a previsão da OMS é que a liberação de um imunizante para a Covid-19 ocorra entre o começo e meio de 2021. Isso depende dos seguintes pontos:

    2. Quão rápido uma vacina pode parar a pandemia?

    De acordo com a OMS, o impacto na contenção do coronavírus dependerá de alguns fatores. Eles incluem a eficácia do imunizante, a agilidade com que será aprovado, fabricado e distribuído e a quantidade de pessoas que receberão as doses.

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    Especula-se que as vacinas contra a Covid-19 não serão 100% eficientes (assim como as para muitas outras doenças). Mesmo assim, elas devem ter um efeito importante no combate à pandemia.

    A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, estipulou que só aprovará produtos com eficácia superior a 50%, algo semelhante à OMS. Aqui no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu um limite mínimo de 70%, mas admitiu que 50% também seria suficiente.

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    E mais: um artigo recente publicado no Journal of American Medical Association (JAMA) argumenta que a eficácia das injeções talvez varie em diferentes grupos. Idosos podem produzir menos anticorpos do que os mais jovens, por exemplo. É importante que as pesquisas observem essas diferenças, já que elas impactariam no controle da pandemia.

    Outro ponto importante: mesmo com a vacinação, pode ser necessário manter por um tempo medidas como uso de máscaras e distanciamento social. Principalmente enquanto houver pouca vacina para muita gente.

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    3. Que tipos de vacinas estão sendo desenvolvidas?

    4. Como ter certeza de que uma vacina é segura?

    Respeitar as etapas necessárias dos estudos e as revisões posteriores garantem a segurança. Por isso é importante aguardar os resultados consolidados dos experimentos. As etapas principais das pesquisas cínicas são:

    Se tudo isso der certo, os órgãos reguladores aprovam a distribuição da vacina. Mas as investigações não param aí. Há ainda a fase 4, em que estudos de vigilância seguem monitorando a população para, entre outras coisas, verificar eventuais reações adversas mais raras.

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    5. Vacinas para outras infecções podem proteger contra o coronavírus?

    Ainda não há evidências sólidas de que injeções para outros vírus e bactérias exerçam alguma influência no curso da Covid-19. Cientistas brasileiros estão estudando a ação da vacina BCG nesse cenário, mas não há resultados finais.

    6. As doses vão conferir proteção de longo prazo?

    É cedo para cravar qualquer coisa nesse sentido. As informações de momento mostram que a maioria das pessoas que se recupera da Covid-19 apresenta uma resposta imunológica que a protege por pelo menos um bom número de meses (embora existam casos confirmados de reinfecção). Só o avanço da pandemia e da ciência dirá ao certo por quanto tempo o contato com o vírus ou com uma vacina levanta as defesas do organismo.

    7. Dá para acelerar o desenvolvimento de vacinas sem comprometer a segurança?

    Normalmente, os testes clínicos demoram anos, por causa das diferentes etapas a serem cumpridas. Entretanto, em uma situação emergencial, alguns desses passos podem ser feitos paralelamente para agilizar as respostas. O dinheiro investido e a magnitude de pessoas infectadas facilita essa dinâmica.

    A OMS lidera um esforço global chamado Acelerador de Acesso às Ferramentas Covid-19 (ACT, na sigla em inglês). Como parte dessa iniciativa, recursos de diversos países são somados para a produção de um imunizante seguro e eficaz. É uma forma de compartilhar riscos financeiros e garantir orçamento para uma aquisição conjunta ao redor do globo, capaz de oferecer as doses de forma mais equitativa.

    8. Quem deve receber a vacina do coronavírus primeiro?

    Idealmente, toda a população deveria ser vacinada. Mas as limitações de produção e distribuição em um primeiro momento exigirão que as autoridades estabeleçam grupos prioritários. A OMS criou documentos para guiar a decisão de quem deve receber as picadas primeiro. Por exemplo: na diretriz “Roteiro para a Priorização de Grupos Populacionais para Vacinas contra Covid-19”, a entidade sugere que grupos como profissionais de saúde com alto risco de infecção, idosos e certos grupo de risco, como portadores de doenças cardíacas e diabetes, sejam colocados na frente da fila.

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