Glaucoma: tecnologia minúscula com grandes resultados
Com 0,4 milímetro, novo dispositivo chama a atenção no combate à doença que atinge 2 milhões de brasileiros e leva à cegueira irreversível
Durante o último Simpósio Internacional Moacyr Álvaro, um dos principais eventos de oftalmologia do país, a empresa americana Glaukos apresentou o iStent, o menor dispositivo médico do mundo. Ele já está disponível no Brasil para tratar o glaucoma, condição marcada pela deterioração do nervo óptico, estrutura que leva a informação visual para o cérebro.
“O novo método é indicado para os casos iniciais e moderados”, diz o oftalmologista Carlos Akira Omi, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma. Feita de titânio, a peça é colocada nos olhos numa cirurgia minimamente invasiva e abre um canal que reduz a pressão intraocular, uma das causas da doença.
Problema maiúsculo, solução minúscula
Entenda como a novidade atua para controlar o glaucoma
1. Aperto na visão
O acúmulo de líquidos no olho eleva a pressão intraocular. Daí, as fibras do nervo óptico são danificadas e deixam de funcionar.
2. Hora de instalar
O iStent vem acoplado a uma ferramenta, que é introduzida no olho e insere o dispositivo numa região chamada malha trabecular.
3. Ralo de titânio
Ele funciona como um escape para os fluidos, que são eliminados por um tubinho natural, o Canal de Schlemm. Isso alivia a pressão.
Arsenal terapêutico contra glaucoma
Confira abaixo outras alternativas para baixar a pressão intraocular