O câncer de pele é o tumor mais frequente do mundo, uma realidade que se repete no Brasil. Embora comum, ele ainda causa muita incerteza, e não é sem motivo: nem todo câncer de pele é igual, e as chances de cura variam muito conforme o tipo específico do tumor.
Começando na forma de pintas, manchas ou mesmo nódulos e feridas, boa parte dos cânceres que atingem essa parte do corpo podem se iniciar sem causar grande incômodo além de um desconforto estético, atrasando o diagnóstico. Por isso, o ideal é fazer consultas rotineiras com médico dermatologista, e procurar orientação sempre que algo diferente surgir em sua pele.
Não tente fazer autodiagnóstico. Apesar de melanomas e outros tipos de câncer de pele terem características gerais que podem ajudar em uma diferenciação visual, como a cor ou o formato das manchas, isso pode enganar um olhar mais leigo.
Só um médico pode dar certeza sobre o tipo de problema, e em alguns casos pode ser necessária uma biópsia, quando uma amostra da pele é coletada para análise em laboratório e confirmação da existência do câncer e qual o tipo dele.
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Quais os tipos de câncer de pele?
Embora haja pequenas variações de classificação, é possível agrupar esses tumores em dois tipos principais: o melanoma, mais grave, e o câncer de pele não-melanoma, geralmente subdividido em carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide.
Conheça mais sobre eles.
Melanoma: é o tipo mais agressivo de câncer de pele, responsável por cerca de 3% dos casos. Devido à alta chance de metástase, ou seja, espalhar as células malignas para outros órgãos, o prognóstico do melanoma depende muito da fase em que ele é diagnosticado. Pode surgir inicialmente como manchas ou pintas. Leia mais sobre melanomas.
Carcinoma basocelular: mais comum dos cânceres de pele, também é o menos agressivo. Pode começar como uma pequena ferida. Sua evolução é mais lenta, o que aumenta as chances de cura, mas muitas vezes pode passar despercebido nos estágios iniciais devido à aparência inócua. Mesmo com uma baixa letalidade (que não é zero), sua evolução descontrolada pode causar impactos estéticos.
Carcinoma espinocelular: esse outro tipo de câncer não-melanoma surge com características semelhantes ao basocelular, a partir de uma ferida ou cicatriz que não cicatriza. Ele desperta mais preocupação que o basocelular devido a um risco maior de metástase.
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Como surge o câncer de pele? Qual o tratamento?
O câncer de pele está relacionado a fatores genéticos e ambientais. Existe uma correlação entre uma maior exposição à radiação ultravioleta ao longo da vida e o desenvolvimento desse tipo de tumor, mas algumas pessoas têm mais risco desde o começo: aquelas com pele branca e, em especial, quem tem muitas pintas.
Pessoas idosas também têm mais chances de desenvolver o problema, devido ao histórico de exposição ao sol ao longo da vida. Como medida preventiva, o uso de filtro solar é recomendado para todas as idades e tipos de pele.
Já o tratamento varia de acordo com o câncer e o estágio em que ele é detectado. Quando a lesão é pequena, há sempre a preferência por remover cirurgicamente a área da pele afetada. No entanto, outras abordagens, como quimioterapia ou radioterapia, podem ser necessárias se houver metástase para outros órgãos.
A equipe médica é a única que pode determinar a melhor abordagem para cada caso.