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Trabalhar ao ar livre sem protetor triplica o risco de ter câncer de pele

Entidade brasileira lança campanha para reforçar importância da proteção durante o horário comercial

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 15 dez 2020, 10h19 - Publicado em 24 Maio 2019, 15h21

Pessoas que trabalham ao ar livre estão mais sujeitas a ter câncer de pele, incluindo o melanoma, o tipo mais agressivo e letal da doença. Para alertar sobre os perigos da exposição ocupacional ao sol, o Instituto Melanoma Brasil divulga em maio a campanha “Trabalhe com segurança. Proteja sua pele. ”

A ação marca o mês de combate ao melanoma, que responde por 3% dos casos de tumores dermatológicos no país e preocupa porque se espalha rapidamente para outros órgãos.

Bombeiros, jardineiros, agricultores, policiais, varredores, fotógrafos, guias de turismo e educadores físicos são alguns exemplos de profissionais que precisam ter atenção redobrada em relação à doença. Afinal, devido à natureza de seu trabalho, costumam se expor constantemente à radiação emitida pelo sol – principal fator de risco para todos os tipos de câncer de pele.

A mensagem vale também para os empregadores dessas categorias que batem ponto na rua durante o dia, que devem oferecer medidas preventivas para os trabalhadores.

“Nas campanhas voltadas à segurança ocupacional, observamos que os cuidados e as ações de prevenção são, em geral, dedicados aos olhos, pulmões, coluna, ouvidos e outras regiões, mas raramente se destaca a importância de proteger a pele”, comentou Rebecca Montanheiro, presidente da entidade, em comunicado à imprensa.

Estudo mostra o perigo

Uma pesquisa publicada em 2016 no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology revelou que quem trabalha ao ar livre apresenta uma probabilidade até três vezes maior de desenvolver câncer de pele. No artigo, os autores dizem que “se entre a população geral uma em cada três pessoas terá a doença, virtualmente todos que trabalham em ambientes externos irão desenvolvê-la em algum momento da vida”.

Para chegar a essa conclusão, eles analisaram mais de 3 200 pessoas e detectaram 1 728 casos de câncer de pele. Mais da metade ocorreu em indivíduos que declararam trabalhar (ou ter trabalhado) do lado de fora, enquanto 32% dos diagnosticados afirmaram bater ponto em locais fechados.

O grupo que ficava no sol tinha outros hábitos que elevam o risco de tumores, como usar menos protetor e se expor mais à radiação durante os períodos de lazer. O tempo também importou nessa história: passar cinco anos ou mais dando expediente na rua ou no campo pareceu ser mais perigoso.

Como se proteger

O Melanoma Brasil divulga, junto à campanha, orientações para os trabalhadores. Elas valem para o melanoma e os demais tumores de pele. Confira:

– Evitar exposição solar das 10 às 16 horas.

– Aplicar protetor solar e labial todos os dias, não importa qual seja o clima.

– O protetor solar deve ter proteção UVA e UVB, além de FPS 30 ou superior. Aplique de 15 a 30 minutos antes de sair de casa uma camada generosa, e reaplique a cada duas horas.

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– Saia do sol quando puder e faça pausas à sombra.

– Use chapéu que cubra orelhas, cabeça e pescoço, além de óculos escuros e roupas compridas.

– Consulte um dermatologista ao menos uma vez ao ano ou quando notar alguma alteração na pele.

– Siga hábitos saudáveis, como praticar exercícios regularmente e ter uma dieta rica em frutas, legumes e verduras.

Vale destacar os outros fatores de risco para o melanoma. São eles: exposição ao sol durante a infância e adolescência; usar câmeras de bronzeamento artificial; ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros; e possuir histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.

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