Teratoma: como é feito diagnóstico e o tratamento
Geralmente benigno, esse tipo de tumor já foi retratado na série House MD e ficou conhecido pela forma inusitada com que se desenvolve. Veja sintomas
Esse é um caso daqueles que você já deve ter ouvido relatos ou já visto fotos na internet, mas não conhece o termo técnico. O teratoma é um tumor geralmente benigno que se forma ainda fase embrionária e costuma se manifestar após o nascimento, muitas vezes com a presença de cabelos, unhas, dentes e pele.
A maior incidência está nos teratomas de ovário, afetando mulheres na fase reprodutiva, perto dos 30 anos. Mas isso não impede que haja casos relatados na literatura médica de crianças e homens com teratoma no testículo.
Não são as áreas mais afetadas por acaso: o teratoma é formado pela proliferação desregulada e independente de células germinativas ainda na fase de desenvolvimento uterino.
Esse tipo de material celular consegue formar outros tipos de células e tecidos pelo corpo, o que dá justamente aquela característica inusitada aos teratomas que contar com a presença de cabelos, unhas, dentes e pele. Em alguns casos, pode ocorrer até mesmo a presença de estruturas mais complexas.
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Como é feito o diagnóstico de teratoma?
Assim como outros tipos de tumores, antes de exames mais diretos, é feito o processo de anamnese (diálogo e investigação) e verificação física das condições do paciente. O teratoma costuma levar a pessoa a sentir inchaço, sangramentos, náusea e perda de peso.
Com a suspeita levantada, são solicitados exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, e análises laboratoriais procurando aumento da presença de marcadores tumorais e hormonais.
Nos casos mais comuns, em que o teratoma acomete os ovários de pessoas em idade reprodutiva, alguns testes ajudam a diferenciar esse tumor de outros problemas ovarianos. É comum o uso da ultrassonografia transvaginal para confirmar a existência do tumor.
Quais são os tipos de teratoma?
Mesmo que o diagnóstico seja confirmado pelos exames, é necessário verificar se o tumor traz riscos, já que a massa pode ser benigna ou maligna. Com teratomas, uma das únicas formas de confirmar isso é com a extração de uma amostra para biópsia.
Os tumores desse tipo podem ser divididos em:
- Maduros (benignos): podem retornar ao serem retirados e são subdivididos em cístico (fechado e contendo fluidos), sólido (com tecido, mas não fechado) e misto (uma junção dos anteriores)
- Imaturos (malignos): são sólidos, também podem apresentar cabelos e dentes. Apresenta uma taxa maior de vascularização
+Leia também: Quais as diferenças entre os tumores benigno e maligno?
O diagnóstico rápido evita que o tumor se rompa, causando infecções e outras complicações. Como o teratoma costuma ser uma massa gordurosa, existe o risco de torção, que consiste no deslocamento da massa tumoral através do abdômen.
Quais são os tratamentos indicados de teratoma?
A retirada da massa é recomendada na maior parte dos casos, mas sempre existe uma avaliação médica avaliando os riscos e prejuízos que a cirurgia pode ter ao paciente. Em alguns casos, se o teratoma não provoca sintomas nem afeta a qualidade de vida, é adotada uma conduta de apenas monitorar o tumor.
A extração pode ser feita através de laparoscopia (procedimento pouco invasivo, sendo com pequenas incisões) ou laparotomia (técnica mais invasiva e que precisa da abertura ampla do abdômen). Caso seja constatado o tumor maligno, normalmente há necessidade de quimioterapia após a remoção.