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Só 6% das mulheres fazem exames para monitorar saúde após silicone

Segundo estudo nos Estados Unidos, maioria do sexo feminino negligencia cuidados após colocação das próteses

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
25 ago 2022, 09h09

Apenas 6% das mulheres americanas que colocam implantes de silicone fazem o acompanhamento com exames de ressonância magnética, como é recomendado pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. Esse número é resultado de um estudo recém-publicado no periódico científico Plastic and Reconstructive Surgery, da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos. 

De acordo com os autores, o dado demonstra uma baixa preocupação com o monitoramento de problemas como rupturas e contraturas. Há ainda uma baixa aderência das pacientes às recomendações dos médicos.

Nos Estados Unidos, há regras definidas sobre como avaliar os implantes. Na época em que a pesquisa foi feita, a norma vigente (de 2006) recomendava uma ressonância magnética após três anos da cirurgia. Depois, novos exames deveriam ser feitos a cada dois anos. Em 2020, as diretrizes mudaram: a revisão pode ser com ultrassom ou ressonância cinco ou seis anos depois da colocação do implante, e, posteriormente, a cada dois ou três anos.

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Os autores queriam saber se essas mulheres faziam o acompanhamento adequado após a cirurgia. Para isso, conduziram uma enquete por telefone com 109 voluntárias que haviam se submetido a um implante entre 2011 e 2016 por diferentes motivos – de questões estéticas a reconstruções mamárias após câncer.

Das pacientes ouvidas, 15% tinham feito uma ressonância em algum momento, mas apenas 6% se submeteram ao exame seguindo as recomendações da FDA. Por outro lado, quase metade havia passado por ultrassom ou mamografia por outras razões, normalmente para rastreamento do câncer.

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No Brasil, não existe uma recomendação formal dos órgãos responsáveis, nem uma diretriz de sociedades médicas. Mas há um certo consenso dos especialistas: pacientes com próteses mamárias deveriam fazer um acompanhamento clínico anual. Caso haja alguma alteração no exame, pede-se a ressonância, que é a forma mais eficaz para apontar problemas na prótese.

“Na prática, a maioria das pacientes não faz um acompanhamento espontâneo, dedicado e específico”, observa o cirurgião plástico Dov Charles Goldenberg, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Além disso, para qualquer paciente, o mais importante é investigar qualquer sintoma”, enfatiza. 

+Leia também: Retirada do silicone vira tendência

Segundo os especialistas, o ultrassom pode ser o primeiro exame e, se necessário, a ressonância magnética entra em cena. Isso faz sentido porque atualmente o risco de complicações é baixo.

As próteses mais modernas são feitas para durar mais de dez anos: “Não haveria muito sentido em recomendar um rastreamento de rotina com ressonância magnética na população geral, já que é algo caro”, explica Goldenberg.

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No entanto, embora rara, a ruptura não costuma dar sintomas. Nesses casos, a recomendação médica é que a prótese seja retirada e, se for do desejo da paciente, seja substituída por uma nova.

Já a contratura costuma dar sintomas como dor, rigidez e mudanças no formato das mamas. Também bem incomum, algo entre 1% e 3% dos casos, ela ocorre quando o organismo forma uma espécie de cicatriz espessa em volta da prótese, que a comprime. 

O problema pode acontecer devido a uma inflamação ou irritação causadas durante o procedimento, ou aparecer tardiamente, quando há uma ruptura e o silicone entra em contato com o organismo, por exemplo. O tratamento varia de acordo com o grau e pode incluir uma cirurgia.

*Este conteúdo é da Agência Einstein

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