Radar da saúde: expansão de startups em meio à regulação da telemedicina
Aprovação do atendimento médico remoto em caráter permanente vem acompanhada do aumento na oferta de serviços pelas healthtechs. Veja este e mais destaques
Autorizada em regime provisório no início da pandemia de Covid-19, finalmente a telemedicina é regularizada de vez no Brasil com uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a iminente aprovação de uma lei pelos poderes Legislativo e Executivo.
A oficialização tem como pano de fundo um movimento de crescimento de pequenas empresas voltadas a atendimentos a distância e serviços de saúde digital.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups, há 215 healthtechs ativas no país, 45% delas fundadas entre 2019 e 2021 e 52% sediadas no Sudeste. Entre elas, 16,7% se dedicam à telemedicina.
Com a anuência definitiva do CFM, os profissionais poderão fazer a primeira consulta também virtualmente (o que era vetado antes) e atender pessoas de outras regiões. Além do sistema privado, alguns municípios e estados já possuem programas de assistência remota pelo SUS.
+ LEIA TAMBÉM: O que muda com a nova resolução da telemedicina no Brasil?
Passado: 60 anos da criação do CVV
O Centro de Valorização da Vida realizou seu primeiro plantão para ajudar pessoas em sofrimento mental e risco de suicídio em março de 1962. Desde então, foram 40 milhões de atendimentos pelo Brasil. A entidade, que conta atualmente com 4 200 voluntários, se firmou como um pilar na prevenção do suicídio por meio de suporte presencial, por telefone (188) e pela internet.
Futuro: vacina contra chikungunya
O vírus transmitido pelo mosquito da dengue poderá ser enfrentado com um imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan e a farmacêutica europeia Valneva. O produto foi testado em 4 115 pessoas e gerou anticorpos neutralizantes em mais de 95% delas após a aplicação de uma só dose. Agora é aguardar as próximas etapas de pesquisa para ter uma nova forma de se proteger da infecção famosa por dores nas juntas.
Um lugar: cada vez mais indígenas sofrem com obesidade no Pará
Um estudo de campo que acompanhou 628 indígenas de seis grupos diferentes da região do Xingu e de Marabá constatou o crescimento de obesidade, diabetes e pressão alta nessas populações. Os pesquisadores, da Universidade Federal do Pará, acreditam que a maior ingestão de alimentos ultraprocessados tenha contribuído para os achados.
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Um dado: próteses de quadril podem durar 30 anos
Uma análise de procedimentos feitos para reparar ou substituir o quadril na população norueguesa revela que, em 88% dos pacientes, a prótese se manteve adequada até três décadas após a operação. O resultado é uma boa notícia para indivíduos que, em função de artrose ou fratura, precisam passar pela cirurgia — e fruto dos avanços nas técnicas e no material das próteses.
Uma frase: Martin Seligman
“Talvez você acredite que o pessimismo seja só um traço de personalidade, um artefato mental que pode ser tirado a qualquer momento (…) O problema é que o pessimismo é um hábito mental arraigado, que tem consequências devastadoras e desastrosas: causa depressão, nos torna pessoas resignadas, nos impede de alcançar nosso máximo potencial e tem reflexos negativos no corpo. O pessimismo não é abalado pelos altos e baixos do curso natural da vida. Em vez disso, ele ganha força a cada revés que sofremos e, em pouco tempo, se torna uma profecia autorrealizável.”
Martin Seligman, psicólogo americano e autor do livro recém-lançado A Criança Otimista (Objetiva)