De crianças a idosos, os brasileiros vêm engordando a despeito da idade. Entre as pessoas com 60 anos ou mais, o índice de sobrepeso na população saltou de 53 para 61% entre 2006 e 2019, e o de obesidade pulou de 16 para 22% no período.
É o que aponta uma análise de nutricionistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) baseada nos dados da pesquisa nacional Vigitel.
O recorte sobre a maturidade chama a atenção para os impactos do excesso de peso nessa fase — além de elevar a propensão a um rol de problemas que vai de diabetes a infarto e AVC, a obesidade pode impor limitações à autonomia.
Conter essa escalada exige mudanças de hábito, acesso a acompanhamento profissional e políticas públicas mais amplas e eficientes.
Mais detalhes:
- O novo estudo examinou dados de 202 049 brasileiros com 60 anos ou mais
- Homens com mais de 70 e pelo menos 9 anos de escolaridade que moram em regiões menos desenvolvidas foram os que mais engordaram
- Considera-se sobrepeso quando o IMC* está igual ou acima de 25 kg/m² e obesidade quando bate 30 kg/m²
- A prevalência de sobrepeso nessa faixa subiu de 53,7 para 61,4%
- E a de obesidade cresceu de 16,1 para 22,2%
Como enxugar esse cenário
Conscientização da população e programas públicos são mais que necessários
Medidas individuais
Alimentação balanceada, prática regular de exercícios, controle do estresse, boas noites de sono e consultas de rotina estão na base dos cuidados com o peso.
Medidas coletivas
Especialistas defendem políticas públicas para melhorar o acesso a alimentos saudáveis, incentivar e viabilizar a atividade física e dar suporte profissional a quem está acima do peso.