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Semana do Professor: Revista em casa por 10,99

PET-CT com PSMA: revolução no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata

Ferramenta inovadora oferece precisão inédita na detecção e monitoramento do câncer, proporcionando novas perspectivas terapêuticas

Por Sumara Abdo Lacerda Matedi, médica nuclear, e Marcos Villela Pedras Polonia, médico e executivo, via Brazil Health*
Atualizado em 30 jul 2025, 10h45 - Publicado em 29 jul 2025, 17h30
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Em estudo, a técnica foi capaz de localizar e com precisão focos de tumores disseminados pelo corpo (Frontiers in Oncology/Reprodução)
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O câncer de próstata é um dos tumores mais incidentes entre os homens e representa um grande desafio no diagnóstico e acompanhamento da doença.

Nos últimos anos, uma ferramenta tem transformado essa realidade: o PET-CT com PSMA (Antígeno Prostático Específico de Membrana). Esse exame de imagem combina a precisão da tomografia computadorizada (CT) com a sensibilidade do PET, utilizando uma molécula radiomarcada que se liga de forma específica ao PSMA, proteína presente em altos níveis nas células tumorais prostáticas.

Precisão na detecção de metástases e recidivas

O PET-CT com PSMA se destaca por sua capacidade de identificar lesões muito pequenas — muitas vezes milimétricas — que passariam despercebidas em exames convencionais, como tomografia ou cintilografia óssea.

Essa sensibilidade é essencial para detectar metástases linfonodais e ósseas logo no início, além de localizar com precisão áreas de recorrência tumoral em pacientes que já passaram por cirurgia ou radioterapia e apresentam elevação do PSA. Na prática, isso permite um tratamento mais direcionado e eficaz.

Diferenciais do PET-CT com PSMA

Ao contrário dos métodos tradicionais, como a ressonância magnética e a cintilografia óssea, o PET-CT com PSMA avalia todo o corpo de uma vez só, oferecendo maior resolução e especificidade.

Estudos clínicos demonstram que o exame altera a conduta médica em até 50% dos casos, seja para confirmar a necessidade de tratamento sistêmico, seja para indicar terapias localizadas (como a radiocirurgia de metástases isoladas).

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Além disso, reduz o risco de tratamentos desnecessários, já que mostra com clareza onde a doença realmente está.

Para quem é indicado

Atualmente, o PET-CT com PSMA é indicado principalmente para:

  • Estadiamento inicial de casos de alto risco;
  • Pesquisa de recorrência em pacientes com PSA detectável após cirurgia ou radioterapia;
  • Avaliação de extensão da doença no cenário de metástases suspeitas ou confirmadas;
  • Seleção de pacientes para terapia radionuclídica com lutécio-PSMA, que já conta com aprovação da Anvisa e foi recentemente incorporada ao Rol de Procedimentos da ANS, garantindo cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

A terapia com lutécio-177 PSMA é uma modalidade inovadora que utiliza o mesmo alvo molecular do exame diagnóstico, porém com um radioisótopo terapêutico capaz de destruir as células tumorais de forma direcionada.

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Estudos clínicos, como o VISION Trial, demonstraram significativa melhora na sobrevida global e na qualidade de vida dos pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração, apresentando perfil de segurança favorável e baixa taxa de efeitos colaterais graves.

Realidade e perspectivas no Brasil

O exame já está disponível em centros especializados no país, mas o acesso ainda é restrito, principalmente devido à necessidade de um radiofármaco específico, que é distribuído por poucos centros de produção no país, além das dificuldades logísticas e do alto custo.

A ausência de aprovação pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para cobertura obrigatória pelos planos de saúde e a indisponibilidade do exame na maioria dos centros públicos de saúde tornam ainda mais limitado o acesso da população a essa tecnologia revolucionária, que já modificou os parâmetros e perspectivas do acompanhamento dos pacientes com câncer de próstata.

*Sumara Abdo Lacerda Matedi, coordenadora do setor de PET/CT da Clínica Villela Pedras e Marcos Villela Pedras Polonia, sócio e diretor de Negócios da Clínica Villela Pedras

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(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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