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O que é a tanatopraxia e qual a função dessa prática?

Técnica de preservação do corpo após a morte oferece dignidade e conforto, além de salvaguardar questões sanitárias durante o ritual fúnebre

Por Yasmmin Ferreira
2 abr 2024, 17h34

Rituais fúnebres, como velórios, são importantes no processo pós-morte e na aceitação do luto. Nestes momentos delicados, os preparativos para o sepultamento ou cremação demandam atenção e cuidado. E é neste contexto que a tanatopraxia surge.

A tanatopraxia é uma prática essencial no campo da preparação e conservação de corpos após o falecimento. Em sua essência, ela é uma técnica de embalsamamento que visa preservar o corpo humano, retardando o processo de decomposição natural, mantendo sua dignidade e aparência para a realização de cerimônias fúnebres.

Qual a importância da tanatopraxia?

A relevância da tanatopraxia vai além da estética: ela permite que familiares e amigos tenham a oportunidade de se despedir de seus entes queridos em um ambiente respeitoso e seguro. A técnica ajuda a mitigar o impacto visual do processo de deterioração, proporcionando um último momento de conexão e despedida mais reconfortante.

A tanatopraxia também abrange questões sanitárias. Saúde pública e higiene surgem como preocupações imediatas, especialmente quando a morte é decorrente de uma doença contagiosa. Afinal, agentes patogênicos podem persistir na pele do falecido, representando um risco de contaminação para aqueles que entram em contato.

+Leia também: O luto na pandemia

Além disso, a exposição do corpo ao ar pode resultar na liberação de odores desagradáveis e vazamentos de líquidos, o que pode causar desconforto para os presentes e dificultar o processo de despedida.

Através de técnicas de preservação, a tanatopraxia busca mitigar a decomposição e evitar tais problemas. Para iniciar, o corpo é avaliado e o material a ser utilizado separado. Depois, ocorre a lavagem corporal, a eliminação do sangue e a injeção de um fluído embalsamador.

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A solução química injetada é produzida a partir de água e formaldeído, o formol, e serve para conservar o estado do cadáver. Assim, o sangue é substituído por este fluído, injetado no corpo através de uma artéria.

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Por fim, o tanatopraxista realiza a sutura das incisões abertas e, entrando na parte mais estética, o processo é finalizado após vestimenta e maquiagem. Dessa forma, o corpo pode ser transportado com segurança e o funeral pode transcorrer com o tempo necessário para despedidas.

Qual a origem da tanatopraxia?

A palavra tanatopraxia tem suas raízes no grego antigo, onde “tanatos” significa “morte” e “práxis” se refere a “prática” ou “ação”, refletindo a natureza da técnica como uma prática de cuidado e preparação dos corpos após o falecimento.

Sua origem remonta aos antigos egípcios, que desenvolveram métodos de preservação dos corpos para os rituais funerários, com as múmias como exemplo mais famoso.

No entanto, a tanatopraxia evoluiu a partir dos processos de embalsamamento utilizados ao longo da história em várias culturas ao redor do mundo.

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Como é a formação de um tanatopraxista?

A formação para se tornar um tanatopraxista geralmente envolve cursos específicos em instituições de ensino com profissionais da área, onde os alunos aprendem técnicas de embalsamamento, anatomia, microbiologia, além de desenvolverem habilidades de comunicação e empatia para lidar com os familiares em um momento delicado.

É uma profissão que requer constante atualização e aprimoramento, dada a natureza técnica e sensível do trabalho.

A procura por profissionais qualificados em tanatopraxia tem aumentado, refletindo a crescente demanda por serviços funerários que possam garantir uma despedida digna para os entes queridos.

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