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O jeito certo de fazer cocô

Acredite se quiser, muitas pessoas fazem cocô errado. E isso pode contribuir para a prisão de ventre e até causar dolorosas hemorroidas

Por André Biernath
Atualizado em 19 mar 2019, 12h27 - Publicado em 4 jan 2017, 08h55
Sim, tem jeito certo de fazer cocô.  (Ilustração: Marcus Penna/)
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A posição ideal

Em vez de sentado, o correto seria fazer cocô de cócoras. Isso relaxaria músculos da região e facilitaria a saída. “Colocar os pés em um banquinho de 10 centímetros e flexionar o corpo para a frente já ajuda”, sugere o médico Flavio Quilici, presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O jeito certo de fazer cocô
A posição sentada dificulta a passagem das fezes pela porção final do intestino (Ilustração: Matheus Costa)

 

O tempo

Acabou o serviço, levante. Nada de permanecer ali, lendo ou mexendo no celular. Isso força desnecessariamente os músculos da pelve e é fator de risco para hemorroidas.

A frequência

Três vezes ao dia ou uma vez a cada dois dias está dentro da faixa de normalidade. Se você visita o W.C. direto, mas faz esforço hercúleo para expulsar o cocô, é constipação na certa.

Não dê descarga sem ver!

É necessário analisar alguns detalhes para checar se está tudo bom sua saúde intestinal. Confira:

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Sangue
Indício de cortes, hemorroidas ou mesmo doenças mais graves. É comum vir acompanhado de dor.

Pontos pretos
Acusam sangramento no esôfago ou estômago. Vá ao médico se isso é frequente.

Coceira
O verme oxiúro parasita o intestino e deposita seus ovos no ânus. Isso dá uma irritação danada.

Inchaço
Se na hora de passar o papel você sentir veias saltadas e sensíveis, procure um especialista.

Muita vontade
Querer ir ao banheiro a todo momento não é normal. Isso sinaliza de diarreia a incontinência fecal.

Cheiro
O cocô nunca vai ter odor de rosas-do- -campo… Mas o aroma fétido demais exige um pouco de atenção.

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Fezes no laboratório

Diversas análises podem ser feitas a partir daquele clássico exame em cima dos restos digestivos. Dá pra investigar a quantidade de gordura, a presença de substâncias inflamatórias, sangue oculto, excesso de proteínas e parasitas. “O teste diz muito sobre o estado de um indivíduo e ainda tem a vantagem de ser pouco invasivo”, ressalta a gastroenterologista Márcia Esteves, do Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo. Embora seja mais requisitado na infância, o exame permanece importante quando a gente cresce.

Coleta: é necessário colher as fezes com uma pazinha e preencher um pote. O recipiente carrega substâncias que conservam o cocô por um período.

Análise: no laboratório, o material é enriquecido e depois observado no microscópio. Há casos em que máquinas realizam as etapas automaticamente.

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