Número de pessoas com quadros gripais dispara no Brasil; saiba quando se preocupar
Doenças respiratórias são comuns nessa época do ano e nem sempre se tornam graves. Mas não hesite em procurar um médico se a falta de ar se tornar constante

Como costuma ocorrer nessa época do ano, as doenças respiratórias estão outra vez em alta no Brasil. O último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em 22 de maio, apontou uma tendência de elevação dos casos especialmente na região Centro-Sul, totalizando quase 65 mil notificações de quadros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em 2025.
A SRAG é um agravamento potencialmente fatal que pode ser causado por diferentes infecções que afetam o sistema respiratório.
Atualmente, a maioria dos casos está relacionada ao influenza A (um dos vírus causadores da gripe) e ao vírus sincicial respiratório (VSR). Mas patógenos como o influenza B, o rinovírus e o SARS-CoV-2 (causador da covid-19) também podem levar à SRAG.
Segundo o boletim, 20 das 27 unidades federativas do Brasil apresentam uma incidência de SRAG caracterizada como “em nível de alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento na tendência de longo prazo”.
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Nessas horas, é comum que serviços de saúde fiquem superlotados com pessoas buscando atendimento, o que pode deixar muitos pacientes receosos em procurar ajuda médica. Saiba quando uma gripe ou outra doença respiratória exigem atenção hospitalar.
Quando se preocupar com sintomas gripais
De modo geral, as infecções respiratórias comuns nessa época do ano costumam provocar febre, dores de garganta, tosse, congestão nasal e coriza. Também é comum que haja um mal-estar generalizado, que pode se manifestar na forma de dores em outras partes do corpo e fadiga.
Boa parte das doenças virais conta com vacinas (saiba mais sobre a prevenção no final desse texto), que reduzem drasticamente as chances de agravamento do quadro.
Mas, uma vez instalado o problema, não costuma haver tratamento específico contra o vírus: a recomendação é repouso, hidratação e tratar os sintomas, usando medicamentos analgésicos e antitérmicos, conforme orientação médica, enquanto o corpo combate a infecção.
Em muitos casos, esses cuidados podem ser tomados em casa. Mas uma gripe ou outra infecção respiratória podem evoluir para SRAG quando o sistema respiratório é afetado com mais gravidade. Isso pode ocorrer em qualquer pessoa, mas é mais comum em crianças e idosos, ou quando há algum comprometimento imunológico ou comorbidades que afetam a respiração.
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Você não deve hesitar em procurar ajuda médica quando a dificuldade respiratória se torna extrema, algo que pode ser percebido por uma falta de ar constante. Caso você tenha um oxímetro em casa, monitorar a oxigenação do sangue também ajuda a determinar que se trata de uma emergência típica da SRAG.
Esses casos exigem internação e suplementação de oxigênio em ambiente hospitalar. Sem tratamento, a doença pode matar.
Além dos problemas respiratórios, pacientes com síndromes gripais também devem procurar um médico quando a febre estiver muito elevada ou caso ela permaneça por vários dias sem ceder.
Medidas preventivas contra gripe e SRAG
A melhor maneira de prevenir doenças respiratórias é minimizar as chances de contágio, seja pelos diferentes tipos de influenza ou por outros patógenos que podem levar a um quadro de SRAG.
A vacinação contra a gripe, o VSR e a covid-19 são formas eficientes e seguras de prevenir o agravamento dessas doenças.
Recomendações muito repetidas no auge da pandemia de coronavírus continuam valendo contra doenças respiratórias: lave bem as mãos, evite contato desprotegido com pessoas que já estão doentes e, se precisar ir a um lugar de aglomeração em épocas de alta circulação de vírus respiratórios (como um posto de saúde ou hospital), opte por usar máscara.