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Novo exame de sangue pode melhorar diagnóstico da hanseníase

Trabalho premiado abre perspectivas animadoras para flagrar mais cedo esta infecção que ainda acomete muitos brasileiros

Por Da Redação
11 dez 2024, 10h43
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A hanseníase ainda é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo (Thiago Lyra/Veja Saúde)
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A hanseníase persegue o homem desde a Antiguidade, e, mesmo com tantos avanços da medicina, ainda é um problema de saúde pública no mundo. No Brasil, são 30 mil novos casos por ano — o país é o segundo com maior incidência da doença.

Identificá-la o mais cedo possível é a chave para interromper a cadeia de transmissão e prevenir as lesões e sequelas.

Hoje, esse processo é eminentemente clínico, quando já existem alterações na sensibilidade e na estrutura da pele. E a confirmação muitas vezes depende da baciloscopia, método que permite enxergar o patógeno no microscópio, ou da biópsia, uma técnica mais invasiva. Ocorre que nem sempre elas estão disponíveis nos postos do SUS.

+ Leia também: Casos de hanseníase aumentam, e ainda são subnotificados

Esses obstáculos motivaram uma equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) a pesquisar biomarcadores presentes no sangue para descobrir mais rápido a hanseníase — antes mesmo de aparecerem os primeiros sinais.

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O exame de sangue desenvolvido pelo time de cientistas é o vencedor da categoria Tecnologias Diagnósticas do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2024.

O projeto preenche uma lacuna atual. “Os testes uitilizados hoje apontam positivo em cerca de 20 a 30% dos casos, quando a doença já está mais avançada, com risco de causar incapacidades físicas e deformidades”, explica o biomédico Filipe Rocha Lima, à frente do projeto.

Para criar um novo método, os pesquisadores avaliaram o potencial de anticorpos contra uma proteína específica da bactéria Mycobacterium leprae. Os resultados promissores já encorajam a preparação de um kit de baixo custo e fácil execução a ser empregado em unidades básicas de saúde (UBS) de todo o país.

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Esse é um passo significativo para a redução no número de contágios, infecções e reincidências da moléstia, que ainda é cercada de estigma e desinformação.

Veja o vídeo a seguir para entender como funciona na prática:

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E clique aqui para ver os outros trabalhos vencedores da edição 2024 do prêmio.

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