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Hanseníase: mitos e verdades sobre sintomas, tratamentos e como se pega

No Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo de janeiro, listamos seis pontos para entender o que é a doença e quais seus sinais

Por Marco Andrey Cipriani Frade, dermatologista*
28 jan 2024, 09h38

A hanseníase é uma infecção contagiosa causada por uma bactéria que afeta predominantemente nervos e pele: a Mycobacterium leprae. Entre os sintomas, ela reduz a sensibilidade em algumas partes da pele, afetando a percepção tátil, térmica e de dor. E também pode manifestar dores, formigamento e dormência.

No Dia Mundial de Combate à Hanseníase (que acontece sempre no último domingo de janeiro), trouxemos seis mitos e verdades para você entender melhor o que é essa doença e como lidar melhor com ela:

Para ser hanseníase, é preciso ter manchas na pele entre os sintomas

MITO. A hanseníase é uma doença que afeta primeiramente os nervos periféricos.

Ou seja, ela pode permanecer, por anos, causando dores e desconforto em áreas da pele bem antes de manchas esbranquiçadas e avermelhadas aparecerem.

+Leia também: Por que a hanseníase persiste como problema de saúde pública no país?

A hanseníase continua afetando muitas pessoas

VERDADE. Embora os casos tenham caído com relação a décadas atrás, ela ainda afeta muitos brasileiros.

Entre janeiro e novembro de 2023, foram quase 20 mil novos casos – e ainda temos muitos episódios que não são percebidos nem pelos próprios doentes e pelos profissionais de saúde, que não pensam na doença no momento do diagnóstico.

A hanseníase tem cura

VERDADE. O tratamento é feito à base de medicamentos antibióticos, que normalmente recuperam toda a sensibilidade e tratam as lesões na pele.

Mas é importante que o diagnóstico seja feito precocemente, antes que os nervos tenham sido totalmente destruídos. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS.

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A hanseníase é doença exclusiva da população carente

MITO. A bactéria não escolhe seus alvos pela conta bancária.

A questão é que pessoas marginalizadas normalmente vivem em ambientes mais fechados e aglomerados, o que aumenta o risco de transmissão da hanseníase – que é pelo ar.

Tenho que separar talheres e me afastar do indivíduo que está em tratamento para hanseníase

MITO. Após a primeira dose supervisionada do medicamento, o risco de transmissão diminui já vai quase para zero.

No entanto, quem convive com o paciente deve passar em consulta no posto de saúde, pois tem maior risco de ter contraído a doença no passado. Além disso, pessoas que carregam a bactéria, mas não fazem o tratamento podem, sim, disseminá-la.

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+Leia também: Febre oropouche: entenda a doença com sintomas parecidos com os da dengue

A hanseníase e a “lepra” descrita na Bíblia são a mesma coisa

MITO. A dificuldade de atualizar os textos da Bíblia faz com que algumas pessoas tenham medo do diagnóstico e do tratamento.

“Lepra” vem do termo grego “léprā”, que significa “escama”, o que era interpretado como “manchado, impuro”. Naquela época, inúmeras doenças de pele eram consideradas “lepra” como psoríase, sífilis… e, claro, a hanseníase.

Muitas não tinham tratamento e evoluíam para quadros com deformações, fazendo com que os doentes fossem afastados da comunidade. Hoje, com diagnóstico precoce e tratamentos disponíveis, os pacientes são curados sem qualquer exclusão.

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Para mais informações, acesse a cartilha da Sociedade Brasileira de Hansenologia clicando aqui.

*Marco Andrey Cipriani Frade é dermatologista e hansenologista, presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (2024-2026) e professor de dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP)

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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(Logo: Brazil Health/Reprodução)

 

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