Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Manchas e perda de sensibilidade na pele? Pode ser hanseníase

O mês de Janeiro é dedicado à conscientização sobre a doença, que carrega muitos estigmas. Isso atrasa o tratamento, que é gratuito e simples

Por Egon Daxbacher, dermatologista*
12 jan 2023, 09h45
janeiro roxo 2023
Um dos sintomas da hanseníase é a presença de manchas pelo corpo. (Foto: Camden & Hailey George/Unsplash/Divulgação)
Continua após publicidade

A hanseníase é considerada uma doença infecciosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e que pode acometer qualquer indivíduo. Se não for tratada rapidamente, atinge os nervos e prejudica os movimentos – às vezes de forma irreversível.

Para ter ideia, há pacientes que ficam com os dedos das mãos contraídos em forma de garras, o que dificulta a movimentação e as atividades do cotidiano.

Por conta desse tipo de dano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) sempre reforça o alerta para os sintomas, que são:

  • Não ter sensibilidade às alterações térmicas ou dolorosas (por exemplo: não sentir a pele queimar no fogão ou em outra fonte de calor)
  • Manchas no corpo – em geral, podem ser avermelhadas, amarronzadas ou mais claras que o tom de pele. Caroços e inchaços podem aparecer em quadros avançados
  • Os pacientes podem sentir ainda leves choques e impressão de picadas nas lesões, nas mãos e/ou pés

Neste Janeiro Roxo, e durante todo o ano, a SBD reforça que o preconceito é desnecessário e prejudicial, já que atrasa e dificulta o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento.

Vale destacar que, se a descoberta da doença ocorrer logo após os primeiros sinais, o tratamento pode ser simples, à base de remédios antibióticos.

BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

Favor usar palavras com mais de dois caracteres
DISTRIBUÍDO POR
Continua após a publicidade

Histórico de estigmas

O nome da doença vem do norueguês Gerhard Armauer Hansen, médico e pesquisador de saúde pública. Foi ele quem identificou o bacilo causador da hanseníase que, séculos atrás, já gerava preconceito, segregação e o isolamento dos pacientes. A condição era chamada de lepra, em tom pejorativo.

A hanseníase deixa de ser transmissível se o paciente iniciar o tratamento e terminá-lo. Além da marcante perda de sensibilidade diante de calor e frio, a doença provoca dor, fraqueza muscular e até prejuízos na visão. O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é lembrado no último domingo do mês de janeiro.

A hanseníase no mundo

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde identificou 127 396 casos novos da doença no planeta. Desses, 17 979 foram notificados no Brasil.
O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre a doença, publicado neste ano, trouxe dados preliminares de 2021, que apontaram que o Brasil diagnosticou 15 155 casos novos de hanseníase.

Ou seja, houve uma queda representativa de diagnósticos. Tal situação pode estar relacionada à pandemia, já que houve fechamento dos serviços e, consequentemente, um menor acesso a consultas e exames.

Diante desse cenário, e por ser uma doença cujo diagnóstico precoce favorece o tratamento e evita danos maiores, é de suma importância orientar as pessoas sobre os sintomas, além de dar acesso ao tratamento – ele é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Continua após a publicidade

É fundamental frisar que o estigma é resultado de ignorância, desconhecimento e atraso.

Lutemos munidos de informação e campanhas educativas, para que a doença e o preconceito saiam de cena e permitam uma vida saudável a quem teve a doença ou recebe seu diagnóstico.

*Egon Daxbacher é dermatologista do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.