Uma pílula contra a obesidade começa a ser disponibilizada no Brasil
O medicamento para emagrecer age numa região específica do cérebro e aumenta a saciedade após as refeições
O cloridrato de lorcaserina foi aprovado para venda no Brasil em 2016, mas, por questões burocráticas e logísticas, só chega às farmácias mesmo agora em 2019.
A medicação, resultado de uma parceria entre os laboratórios Eurofarma e Eisai, poderá ser prescrita a indivíduos obesos – quando o índice de massa corporal, o IMC, está acima de 30 – ou a quem tem sobrepeso (IMC superior a 27) e possui outros problemas de saúde, como diabetes e hipertensão.
“Ganhamos mais uma opção segura e efetiva para lidar com essa doença tão complexa, o que nos permite individualizar melhor o tratamento conforme o perfil de cada paciente”, analisa a médica Maria Edna de Melo, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Mas atenção: nem precisamos dizer que não se trata de um pílula mágica. Sozinho, esse remédio não vai garantir resultados no longo prazo. Ele só deve entrar em cena após uma avaliação minuciosa do paciente.
Remédios disponíveis hoje para tratar o excesso de peso
Orlistate: diminui a absorção de gordura da dieta, que é eliminada nas fezes. Seu efeito na perda de peso é limitado.
Liraglutida: imita a ação do hormônio GLP-1, originalmente fabricado pelo intestino. O objetivo é induzir uma maior saciedade.
Sibutramina: antidepressivo com ação no sistema nervoso central. Como pode trazer riscos cardíacos, seu uso é bem controlado.
Lorcaserina: mexe com o neurotransmissor serotonina e faz com que o indivíduo se sinta satisfeito mesmo comendo menos.