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Muita gente não usa protetor solar, mesmo sabendo de sua importância

Apenas 69% de mil pessoas entrevistadas afirmam que utilizam o filtro solar com regularidade; homens são os mais imprudentes

Por Fabiana Schiavon
17 jan 2022, 15h00
filtro solar
O sol tem inúmeros benefícios, mas, para tirar vantagens dele é preciso se proteger adequadamente (e não só na praia). (Foto: Victor Almeida/SAÚDE é Vital)
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O uso do protetor solar é o método mais importante na prevenção do câncer de pele. Quase todo mundo sabe disso, mas apenas 69% levam esse hábito a sério, segundo pesquisa feita pela HSR Health em parceria com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). Foram ouvidas mil pessoas de todas as regiões do Brasil.

Incorporar essa prática no dia a dia é essencial, já que a exposição excessiva ao sol é a principal causa de tumores malignos nesse órgão. Estudos apontam que a utilização do produto nos primeiros 20 anos de vida reduz o risco de câncer de pele em 78%.

“Há outros fatores para o câncer de pele, mas eles são bastante específicos e ocorrem com imunossuprimidos, como pessoas que realizaram transplantes, passaram por radioterapia ou têm raros tipos de infecção de pele”, explica Gerson Geraldo de Paula, dermatologista da Abrale.

O sol proporciona inúmeros benefícios à saúde, mas, para aproveitar o lado bom desse astro é preciso se proteger com filtros solares, evitar a exposição entre 9 e 15 horas, além de usar camiseta, óculos e chapéu.

“Durante 15 ou até 20 minutos tiramos vantagem do sol para a saúde da pele e absorvemos a vitamina D e outros nutrientes. Ultrapassando esse limite, ele começa a ser prejudicial”, avisa de Paula.

+ LEIA TAMBÉM: Protetor solar: 10 erros e mancadas mais comuns ao passar

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O protetor solar deve agir como uma barreira contra os raios ultravioleta (UVA e UVB), que ajudam nessa absorção de vitaminas, mas também são os causadores do envelhecimento, manchas e cânceres.

Porém, a aplicação do filtro não impede que o corpo receba o que precisa, e ainda ajuda a proteger contra os efeitos nocivos dessa radiação”, informa o dermatologista.

Pessoas de pele, olhos e cabelos mais claros fazem parte do grupo de maior risco e devem optar por um protetor com fator de proteção (o tal do FPS) mais elevado. O produto deve ser renovado de duas em duas horas, no mínimo.

E capriche na hora de passar! O ideal é espalhar a loção alguns minutos antes de se vestir para que a cobertura seja mais uniforme e bem feita.

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Tem que passar em todos os cantos

Na cidade, o calorão também não dá trégua. Assim, a tendência durante o verão é usar menos roupa e deixar mais partes do corpo à mostra. Então, não adianta passar o protetor no corpo todo só quando estiver com trajes de banho.

De acordo com a pesquisa da HSR Health e da Abrale, quem usa filtro sempre lembra do rosto (66%), dá uma certa atenção aos braços (49%), mas ignora a perna e o restante do corpo (24%).

+ LEIA TAMBÉM: Trabalhar ao ar livre sem protetor triplica o risco de ter câncer de pele

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“As áreas expostas por mais tempo é que a terão maior risco sofrer lesões. Se a pessoa trabalha na rua, precisa criar o hábito de proteger braços e, se estiver de shorts, saia ou vestido, deve passar o protetor nas pernas”, destaca o médico da Abrale.

Homens são mais negligentes

A pesquisa também identificou que apenas 30% dos homens são usuários de filtros solares — entre mulheres, o índice chega a 70%. Só que o câncer de pele não poupa ninguém.

Vale lembrar que a doença se divide entre dois tipos. O melanoma é a versão mais agressiva e letal. Ela se origina nas células produtoras de melanina (o pigmento da pele), e foi diagnosticado em 4 200 homens e 4 250 mulheres em 2020, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Já o tipo não melanoma corresponde a aproximadamente 90% do total de casos. Seu crescimento costuma ser um pouco mais lento e há menor capacidade migração para outros órgãos do corpo. Em 2020, 83 770 homens e 93 160 receberam o diagnóstico desse tumor.

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