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Marburg: Etiópia confirma surto inédito de vírus ‘parente’ do Ebola

Com letalidade de até 88% dos casos conhecidos, vírus Marburg é endêmico no continente africano, mas ainda não havia chegado ao país

Por Maurício Brum
17 nov 2025, 13h42
vírus marburg
Segundo informações da OMS, muitos pacientes desenvolvem manifestações hemorrágicas graves entre 5 e 7 dias, e os casos fatais geralmente apresentam algum tipo de sangramento, geralmente de várias áreas (Foto: Frederick Murphy/CDC/Divulgação)
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O Ministério de Saúde da Etiópia confirmou, no final da última semana, que o país está vivendo um surto ativo da doença de Marburg, causada por um vírus semelhante ao que provoca o Ebola.

É a primeira vez que a Etiópia tem casos confirmados dessa febre hemorrágica, que já havia sido registrada em outros países da vizinhança.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus encontrado em testes laboratoriais pertence à mesma cepa de outros casos identificados anteriormente no leste da África. Até o momento, o surto etíope conta com nove contágios confirmados no sul do país, na cidade de Jinka.

Conheça mais sobre o Marburg.

+Leia também: Vírus Marburg: como ele se tornou um pesadelo para o ser humano

Entenda a doença

A doença é ocasionada pelo contágio com o próprio vírus Marburg (MARV) ou com um relacionado a ele, conhecido como Ravn (ou RAVV).

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A infecção acontece pelo contato com secreções de animais ou pessoas já doentes, e também pode ocorrer pelo contato indireto com elas, através de superfícies contaminadas. Causa, então, sintomas como febre, fadiga, mal estar generalizado e dores musculares e de cabeça.

Com alta chance de se manifestar como uma febre hemorrágica, o grande risco da doença de Marburg é a desidratação, que pode levar à morte pela perda de sangue e fluidos. Como só costuma ser testada em casos graves de regiões endêmicas, a doença também tem uma alta letalidade: até 88% dos infectados conhecidos acabam evoluindo a óbito, dependendo da cepa.

Doença não tem vacina nem remédio específico

Não existe um tratamento específico para o quadro. O objetivo é aliviar os sintomas de modo a melhorar o prognóstico dos pacientes. Isso passa por combater a desidratação severa, o que pode exigir reposição eletrolítica por via intravenosa e transfusões de sangue.

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Esse acompanhamento, porém, costuma exigir internação hospitalar em terapia intensiva. 

A alta letalidade associada ao Marburg tem relação direta com as características socioeconômicas dessa infecção: ela costuma se restringir a regiões empobrecidas da África, com pouco acesso a acompanhamento médico e escassez de investimentos para prevenir o quadro (não existe, por exemplo, uma vacina para o vírus).

Até o momento, todos os casos endêmicos da doença de Marburg já registados ocorreram no continente africano. Segundo a OMS, surtos e casos esporádicos já foram observados em países como África do Sul, Angola, Gana, Guiné Equatorial, República Democrática do Congo, Quênia, Ruanda, Tanzânia e Uganda.

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