Inteligência artificial está salvando vidas nos hospitais brasileiros
Uma invenção brasileira chamada "Laura" muda a forma de acompanhar as internações e aponta os casos que merecem atenção especial
O analista de sistemas paranaense Jacson Fressatto viu sua filha morrer com apenas 18 dias de vida após sofrer uma septicemia, uma resposta exagerada do organismo diante de uma infecção. A experiência terrível serviu de motivação para que ele criasse o robô Laura (em homenagem à filha), tecnologia que segue os pacientes no hospital e indica aqueles que apresentam maior risco de ter uma sepse.
“O programa está conectado com o prontuário eletrônico e tem todas as informações daquele indivíduo, ao mesmo tempo que avalia seus sinais vitais e os resultados de exames”, explica o infectologista Hugo Morales, diretor médico da companhia que gerencia o dispositivo, já instalado em seis hospitais do Paraná e de Minas Gerais.
Em mais de dois anos de funcionamento, Laura ajudou a detectar precocemente mais de 9 mil quadros alarmantes que poderiam evoluir para uma situação mais séria.
Como a inteligência artificial monitora o paciente
- Perfil básico: o robô recebe todos os dados da pessoa. Sexo, idade, principais queixas e motivo da hospitalização são informados.
- Atenção total: em paralelo, avalia os exames e os sinais vitais, como respiração, batimentos cardíacos e pressão arterial.
- Soou o apito: se ele percebe que há alguma mudança no padrão, emite um sinal para os profissionais de saúde.
- Multiplataforma: as informações ficam em TVs instaladas no centro médico e estão disponíveis em celulares e tablets.