Hemácias: o que elas fazem e qual a importância de monitorá-las
Os glóbulos vermelhos são células sanguíneas que transportam oxigênio. Acompanhar sua contagem é essencial para diagnosticar condições médicas
As hemácias, conhecidas também como glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são células sanguíneas essenciais para o transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. Elas também atuam na remoção do dióxido de carbono destes tecidos, levando-o de volta aos pulmões para ser exalado.
Com uma forma bicôncava característica, são altamente especializadas em otimizar a captura e a liberação de oxigênio. Essas células sanguíneas não possuem núcleo nem organelas, o que maximiza seu espaço interno. Elas são produzidas na medula óssea vermelha e têm uma vida útil média de aproximadamente 120 dias.
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Por que você deve ficar de olho na contagem das hemácias
Acompanhar as hemácias em exames de rotina é fundamental por várias razões.
Primeiramente, a contagem baixa de hemácias permite a detecção de anemias, uma condição em que o corpo não tem glóbulos vermelhos suficientes para transportar oxigênio adequadamente, causada por deficiências nutricionais, perda de sangue, doenças crônicas ou problemas na medula óssea.
O exame de sangue pode diagnosticar ainda policitemia, quadro com característica oposta à anemia: é marcado pelas hemácias altas. A presença excessiva dessas células pode ocorrer devido a doenças da medula óssea, desidratação ou problemas pulmonares.
Monitorar as hemácias também é fundamental para monitorar doenças crônicas, como as renais e as cardíacas, que podem afetar a produção e a destruição dessas células. Também é essencial na avaliação da eficácia de tratamentos, como os direcionados a anemias ou câncer, ajustando doses de medicamentos ou suplementos conforme necessário.
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Alterações nos níveis de hemácias podem ainda ser um indicador precoce de diversas condições médicas, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes. Portanto, incluir a contagem de hemácias em exames de rotina é extremamente importante para a manutenção da saúde geral do corpo.
Hemácias e as transfusões de sangue
Transfusões de sangue envolvem diretamente as hemácias, que são as principais células envolvidas nesse processo que trata diversos problemas de saúde, incluindo anemias severas e perda aguda de sangue devido a cirurgias ou traumas.
Para o sucesso dessas transfusões, a compatibilidade sanguínea é crucial. E é a presença de antígenos específicos na superfície das hemácias que determina a compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor.
O sangue humano é classificado em grupos sanguíneos com base nesses antígenos. Os principais sistemas de classificação são o ABO e o Rh.
No sistema ABO, os tipos sanguíneos são A, B, AB e O, determinados pela presença ou ausência dos antígenos A e B nas hemácias. Além disso, o fator Rh indica a presença (Rh positivo) ou ausência (Rh negativo) do antígeno D nas hemácias.
Caso haja incompatibilidade entre doador e receptor, isso pode desencadear uma resposta imune, onde os anticorpos do receptor atacam e destroem as hemácias doadas, resultando em complicações graves como febre, dor, falência renal ou, em casos extremos, choque e morte.
E as hemácias na urina, o que significam?
A presença de sangue na urina, também chamada de hematúria, não é uma doença por si só, mas um sintoma de algum outro problema. Em geral, a eliminação de hemácias no xixi é algo que pode ser visto a olho nu, em função da cor alterada — e é, naturalmente, um motivo de susto e preocupação para quem se depara com essa situação.
É comum que haja eliminação de sangue na urina em função de doenças autoimunes, infecções do trato urinário e cálculos renais, mas diversas condições podem levar a esse quadro.
Além disso, é bom ter em mente que nem sempre a cor da urina se altera pela presença de hemácias. Alguns medicamentos e até alimentos como a beterraba podem provocar essa mudança. Por isso, um médico deve sempre ser consultado para entender a real causa da mudança de coloração.