Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Gripe: quais foram as maiores epidemias da história

Gripe espanhola? Suína? Houve momentos na história – principalmente antes da vacina – em que o vírus influenza causou estragos especialmente fortes

Por André Biernath
Atualizado em 29 abr 2020, 14h55 - Publicado em 17 abr 2018, 09h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Descrita pelo médico grego Hipócrates em 412 a.C., a gripe dá as caras todo ano, quando o inverno se aproxima. Mas nem sempre ela causa epidemias marcantes – com a vacinação, temos tudo para que isso não ocorra em 2018. Para falar a verdade, os piores anos da doença se concentraram nos últimos séculos, épocas com mais registros e maneiras de cuidar dos pacientes.

    Confira agora o ranking das piores pandemias do vírus influenza (fizemos a ordem do episódio mais antigo para o mais recente):

    Gripe russa

    Subtipo do vírus: H2N2
    Número de mortos: até 1,5 milhão de mortos
    Temporada: 1889-1890

    O primeiro surto com registros históricos começou em Bukhara, atual Uzbequistão, e se espalhou com grande rapidez. Em três meses, já passeava pela Europa, Ásia, África e América, causando crises de pneumonia e febre. No Brasil, sobrou até para o imperador: d. Pedro II (1825-1891) penou com o vírus da terra de Tolstói e Dostoiévski.

    Gripe espanhola

    Subtipo do vírus: H1N1
    Número de mortos: até 100 milhões
    Temporada: 1918-1919

    Acredita-se que ela surgiu nos Estados Unidos, que não divulgaram a informação. Os ianques estavam na Primeira Guerra Mundial e censuravam dados que pudessem enfraquecer seu Exército. A neutra Espanha noticiou o fato e, por isso, ficou conhecida como o berço do perrengue.

    Continua após a publicidade

    Relatos dão conta que as pessoas acordavam bem de saúde e morriam ao final do dia. No Brasil, até o presidente eleito Rodrigues Alves (1848-1919) faleceu por causa da moléstia.

    Gripe asiática

    Subtipo do vírus: H2N2
    Número de mortos: até 2 milhões
    Temporada: 1957-1958

    Desenvolveu-se no norte da China e avançou para Ásia, Oceania, África, Europa e Estados Unidos. Alastrou-se mundo afora em dez meses, principalmente por terra e mar.

    Como a tecnologia médica estava mais avançada em relação à epidemia anterior, foi possível detectar o agente com rapidez e trabalhar em novas soluções, como as vacinas. Infelizmente, não foram fabricados imunizantes em quantidade suficiente e o número de mortes foi bem alto.

    Continua após a publicidade

    Gripe de Hong Kong

    Subtipo do vírus: H3N2
    Número de mortes: até 3 milhões de mortos
    Temporada: 1968-1969

    Transmitida por aves, sobretudo as criadas soltas e sem higiene, provocava febre alta, cansaço e dor nas articulações. Com uma progressão rápida e avassaladora, matou muita gente em pouco tempo, sobretudo em Hong Kong, origem da pandemia, e nos Estados Unidos, onde quase 34 mil pessoas sucumbiram a ela. O mundo caminhava a passos largos para a globalização e o maior número de voos internacionais ajudou na transmissão do ser microscópico.

    Gripe suína

    Subtipo do vírus: H1N1
    Número de mortos: 17 mil
    Temporada: 2009-2010

    No México, o vírus sofreu uma mutação e começou a infectar humanos – antes estava restrito aos suínos. Bem parecida com a gripe espanhola, vitimou muitos jovens, que, por geralmente terem uma vida social agitada, correm maior risco de se contaminar.

    Continua após a publicidade

    E a gripe aviária?

    O H5N1, manchete em 1997 e 2004, matou cerca de 300 pessoas, número bem abaixo dos outros surtos. A doença passou pelo Sudeste Asiático, Europa e África e, para frear sua proliferação, 1,5 milhão de aves foram mortas só em 1997.

    Ainda assim, ela segue como motivo de muita preocupação. Lavar bem as mãos é uma forma simples e eficiente de prevenir o problema.

    Níveis de alerta da Organização Mundial da Sáude

    A entidade elabora uma escala sobre a gravidade dos surtos. Conheça:

    1. O micro-organismo do vírus influenza está circulando entre animais, mas não afeta seres humanos.
    2. A gripe animal infecciona homens e mulheres e é uma ameaça em potencial.
    3. A doença aparece em casos esparsos, mas não é transmitida com facilidade entre pessoas.
    4. Já causa crises em comunidades. Esse estágio revela que a situação é grave.
    5. Afeta grupos de dois ou mais países. A pandemia é questão de tempo.
    6. O problema é detectado em mais de um continente. Esse é o nível máximo de alerta.

    Continua após a publicidade

    FONTES: Celso Granato, infectologista do Fleury Medicina e Saúde; Stefan Cunha Ujvari, infectologista e autor do livro Pandemias: a humanidade em risco (EDITORA CONTEXTO).

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.