Gordura no fígado: conheça 7 sintomas dessa ameaça silenciosa
Presente em pelo menos um em cada cinco brasileiros, esteatose hepática pode levar a consequências graves se não for adequadamente tratada
A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, é uma condição que afeta em torno de 20% da população brasileira, segundo as estimativas. O nome é bem descritivo: o problema ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, o que pode comprometer a função do órgão.
Na maioria das vezes, essa condição é silenciosa, especialmente em seus estágios iniciais ou quando o acúmulo de gordura no fígado é leve.
Contudo, conforme ela progride e provoca inflamação ou danos ao tecido hepático, podem surgir sintomas que variam em intensidade. Conheça alguns dos sinais principais.
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1. Cansaço excessivo e fraqueza
Um dos sintomas mais relatados por pessoas com gordura no fígado é a sensação persistente de fadiga, mesmo após uma boa noite de sono ou atividades leves. Essa sensação de cansaço pode ser acompanhada de fraqueza geral, dificultando as tarefas cotidianas.
2. Desconforto abdominal
O desconforto ou a dor na região superior direita do abdômen é outro sinal comum, já que essa é a área onde o fígado está localizado. Em alguns casos, a dor pode ser leve e intermitente, enquanto em outros, pode ser mais constante.
3. Inchaço na barriga
O aumento do volume abdominal, conhecido como ascite, pode ocorrer em casos mais graves, devido ao acúmulo de líquidos. Esse sintoma seja mais comum em estágios avançados da doença, portanto pode indicar que a função hepática está comprometida.
4. Perda de peso sem explicação
A perda de peso sem causa aparente é outro alerta. Ela pode ocorrer devido à inflamação ou à redução do apetite causada pela condição.
5. Alterações nas fezes e coceira na pele
A presença de fezes em tons mais claros ou até mesmo a coceira na pele pode estar associada a problemas no processamento da bile pelo fígado.
6. Náuseas, vômitos e mal-estar geral
Sensações de náusea, acompanhadas ou não de vômitos, podem ser relatadas em quadros mais severos. Além disso, um mal-estar generalizado é um sintoma inespecífico que frequentemente acompanha doenças hepáticas.
7. Icterícia e sinais avançados
Nos casos mais graves, a esteatose hepática pode evoluir para inflamação mais aguda (esteato-hepatite), fibrose ou até cirrose, que apresentam sintomas mais severos, como icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), confusão mental e inchaço nos membros inferiores.
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Importância do diagnóstico precoce
As principais causas são obesidade, diabetes tipo 2, colesterol alto ou consumo excessivo de álcool. Diante desses fatores e dos sintomas descritos acima, é importante procurar um especialista, seja um hepatologista, gastroenterologista ou clínico geral, pois o diagnóstico precoce pode evitar complicações mais graves, como o câncer de fígado.
Os exames médicos incluem análises de sangue para verificar as enzimas hepáticas e exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia e elastografia. Este último é um método indolor e eficaz para avaliar a elasticidade do tecido hepático e o acúmulo de gordura no fígado.
Embora a esteatose hepática possa ser reversível nos estágios iniciais com mudanças no estilo de vida, como perda de peso, alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, ignorar os sintomas pode levar a complicações sem volta. A avaliação médica é crucial para garantir qualidade de vida a longo prazo.