No domingo (8/01/2018), a morte de um homem de 69 anos morador de Guarulhos contabiliozu o terceiro óbito por febre amarela no estado de São Paulo nos últimos dias. Apesar de todos os casos terem passado pelo município de Mairiporã, que fica a cerca de 40 quilômetros da capital paulista, o governo optou por liberar a vacinação para todo o estado.
A medida serve para evitar a propagação dessa infecção perigosa. Agora, crianças a partir dos 9 meses de idade e adultos até 60 anos podem ir aos postos buscar a imunização contra a febre amarela. Atenção: a vacina não é contraindicada para pessoas mais velhas, mas exige uma orientação detalhada do profissional. Afinal de contas, ela possui um risco mínimo de causar efeitos colaterais graves.
E quem não pode receber as picadas? Salvo outra indicação do médico, alérgicos ao ovo, pessoas com imunidade baixa (portadores de HIV, por exemplo), transplantados ou pacientes submetidos à quimioterapia ou radioterapia. Gestantes e mulheres que estão amamentando crianças com menos de 6 meses precisam conversar com o profissional de saúde.
Além da vacinação, convém passar repelente e adotar outras medidas que evitam a picada do mosquito. Atualmente, há registro apenas de transmissão pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus, que levam o vírus da febre amarela do macaco para o ser humano. Mas é possível que o Aedes aegypti pique um indivíduo infectado e transmita a doença – seria a chamada urbanização da febre amarela, o que não ocorrre há décadas no Brasil.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma única vacina já garante proteção contra a febre amarela para o resto da vida. Com isso, o Brasil mudou recentemente aquela antiga política de recomendar a vacinação a cada dez anos para grupos de risco. Hoje, preconiza-se apenas uma picada.
Além de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro recentemente reportaram casos de febre amarela.