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Esmegma: como evitar e o que fazer quando surge em bebês?

Apesar de desagradável, secreção malcheirosa é natural, mas pode levar a problemas sérios se a higiene íntima for negligenciada

Por Maurício Brum
21 set 2024, 07h00
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    Má higiene íntima leva ao acúmulo de esmegma, que pode provocar problemas mais graves, de dores ao câncer peniano (krakenimages.com/Freepik)

    Citado em muitos comentários debochados pela internet, o esmegma normalmente é um assunto visto com nojo. E não é à toa: seu acúmulo está associado à má higiene íntima, gerando toda sorte de sintomas desagradáveis, com a mais marcante sendo o acúmulo de uma secreção pegajosa e malcheirosa que (horror maior) há até quem chame de “queijinho”.

    Pois bem. O tabu em torno do assunto pode acabar levando à desinformação, e é bom conhecer melhor o que é o esmegma e os riscos associados a ele para evitar complicações de saúde. Já desfazendo logo de cara uma confusão comum: embora seja muito associado ao pênis, ele também pode aparecer na vulva feminina.

    O acúmulo de esmegma também é recorrente em bebês, que dependem dos adultos para a limpeza da área, o que muitas vezes gera dúvida de como proceder com a higienização.

    +Leia também: Higiene íntima sem tabu (para elas e para eles)

    O que é o esmegma e por que ele se acumula?

    O esmegma é uma combinação de gorduras secretadas na própria região íntima com células mortas e outros fluidos presentes na área.

    Sua formação é parte de um processo natural do organismo que pode ocorrer com qualquer pessoa, mas o acúmulo é muito mais comum em quem tem pênis não circuncidado, já que o prepúcio acaba dificultando a limpeza. O potencial é ainda maior em casos de fimose.

    Sem higiene, pênis pode ter câncer e até precisar de amputação

    Embora seja um processo natural, o esmegma deve ser eliminado através da higiene íntima diária. Quando isso não ocorre, podem surgir complicações sérias, que começam com dor e desconforto na área afetada, abrindo caminho para infecções como a balanite.

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    Sem tratamento adequado, em alguns casos é necessária até mesmo a amputação do pênis – a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estima que, no Brasil, ocorram 10 amputações penianas (parciais ou totais) por semana, a maioria relacionada ao câncer de pênis, que tem como principal fator de risco a falta de higiene adequada.

    +Leia também: Câncer de pênis causa centenas de amputações por ano

    Também é necessário ressaltar que, embora o esmegma propriamente dito não seja uma infecção sexualmente transmissível, há ISTs que podem se manifestar de forma semelhante, com a eliminação de secreções esbranquiçadas e malcheirosas. Procure sempre ajuda de um urologista ou ginecologista se os sintomas forem recorrentes.

    Como prevenir o esmegma

    A higiene íntima é a maneira de prevenir o esmegma, usando água morna e sabonete neutro. Faça-a no mínimo, uma vez por dia, na hora do banho.

    No pênis, deve-se abrir o prepúcio (caso não tenha sido feita uma circuncisão) e garantir a limpeza de toda a glande (a “cabeça”), sobretudo na base, com cuidado para não fazer movimentos excessivamente vigorosos que podem abrir ferimentos.

    Na vulva, o processo é semelhante – lembrando que a limpeza deve ser externa, sem inserir líquidos ou sabonete no canal vaginal.

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    Esmegma em bebês: o que fazer?

    O esmegma é recorrente em bebês porque, ao nascer, o prepúcio muitas vezes fica aderido à glande, dificultando sua abertura pelos pais para fazer a higienização. Essa condição é chamada de fimose fisiológica e, normalmente, se resolve sozinha conforme a criança vai crescendo.

    É importante levar a criança ao pediatra para observar se a retração do prepúcio está ocorrendo da forma desejada e, sempre que possível (tomando cuidado para não machucar), realizar a abertura e limpeza da área na hora do banho.

    O médico poderá avaliar se a fimose do bebê é transitória ou não, e se é necessária uma intervenção cirúrgica para retirar o prepúcio.

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