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Empresas de suplementos desviavam cafeína para o narcotráfico, diz PF

Polícia Federal deflagrou operação contra três empresas acusadas de desviar substância do mercado legal para a produção de drogas

Por Maurício Brum
13 ago 2025, 11h38
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Operação apreendeu substâncias envolvidas na produção de cocaína e de alucinógenos (Polícia Federal/Reprodução)
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Uma operação da Polícia Federal na terça-feira (12) cumpriu mandatos de busca e apreensão e de prisão contra acusados de integrar uma organização criminosa que desviava produtos químicos do mercado regular para o tráfico de drogas.

Segundo a PF, empresas vinculadas ao mercado de suplementos alimentares estão envolvidas no esquema. O principal foco era o desvio de cafeína, o que motivou o nome da operação “Caffeine Break”.

Entenda o caso

A ação realizada nessa terça é resultado de investigações sobre o desvio de cafeína oriunda do mercado legal para ser utilizada no narcotráfico. De acordo com a polícia, 550 toneladas da substância tinham sido redirecionadas para operações ilegais.

Lícita quando utilizada da maneira indicada, a cafeína é um conhecido adulterante na produção de cocaína. Durante a ação dessa terça, que teve ação conjunta da PF em diferentes cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, também foram apreendidos cerca de 1.600 quilos da própria cafeína, de tetracaína e de lidocaína, também utilizadas na fabricação da droga derivada da coca.

Os agentes ainda apreenderam cerca de 11 kg de triptamina, utilizada na fabricação de alucinógenos, quantidade que seria suficiente para a produção de 600 mil comprimidos de ecstasy, segundo as autoridades.

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A ação da Polícia Federal prendeu 17 pessoas, apreendeu 28 veículos e bloqueou um total de contas bancárias e bens avaliados em R$ 72 milhões.

O que se sabe sobre as empresas

Ao menos três empresas foram apontadas pelas investigações por suposto envolvimento no esquema. As investigações tiveram início após a compra suspeita de 550 toneladas de cafeína, com notas fiscais falsas, por parte de um CNPJ com sede em São José dos Campos, em São Paulo. A movimentação foi definida como “atípica” pelas autoridades.

A PF considera o volume incompatível com a produção: segundo informações divulgadas após a operação, seria necessário fabricar cinco mil toneladas de suplementos para justificar a quantidade de cafeína movimentada durante a investigação, que durou dois anos e meio.

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A polícia não divulgou o nome das empresas acusadas, mas se sabe que elas atuavam no ramo de suplementos alimentícios e energéticos. Além disso, a PF apontou que o sócio da principal empresa investigada já tinha sido preso em 2010 por participação em um esquema semelhante.

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