Emagrecimento é associado a menor risco de câncer de endométrio
O risco pode cair drasticamente até em mulheres que só conseguem perder peso após a menopausa
Já é sabido pela comunidade médica que a obesidade patrocina o câncer de endométrio. Mas há uma boa notícia: um estudo da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, demonstra que o emagrecimento ajuda a prevenir esse mal.
A pesquisa foi feita com dados de mais de 35 mil mulheres, entre 50 e 79 anos, após a menopausa. Elas foram pesadas duas vezes, no começo da investigação e três anos depois. Aquelas que enxugaram medidas foram interrogadas, com o intuito de saber se a perda de massa havia sido ou não intencional — isso é importante para descartar eventuais doenças que promovem perda de peso. Depois, mais dez anos se seguiram para identificar quais voluntárias desenvolveram câncer de endométrio.
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A conclusão: as voluntárias obesas que reduziram propositalmente 5% ou mais do peso apresentaram uma redução de 56% na probabilidade de ter o problema no útero. Por outro lado, aquelas que ganharam 4,5 quilos possuíam um risco 26% maior de desenvolver a mesma doença.
“Muitas pessoas mais velhas acreditam que é tarde demais para se beneficiarem do processo de emagrecimento. Ou pensam que, porque estão acima do peso ou obesos, o estrago já foi feito”, afirma, em um comunicado, a epidemiologista Juhua Luo, autora do artigo. “Mas os nossos resultados mostram que isso não é verdade”, completa.
O câncer de endométrio corresponde a 90% dos casos de tumores malignos no corpo uterino. As mais velhas devem tomar cuidados especiais: a disfunção acontece majoritariamente em mulheres acima de 50 anos.
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