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Do petróleo para a mesa e para a pele: conheça o óleo mineral

A versatilidade do composto conquistou diversos mercados, mas exige bastante cuidado

Por João Antonio Streb
21 set 2024, 08h00
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O petróleo está na origem, mas o óleo mineral passa por vários processos para eliminar as substâncias nocivas (Freepik/Freepik)
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Nada como passar um subproduto do petróleo para hidratar a pele. A ideia parece estranha à primeira vista, mas é recorrente: conhecida como vaselina, parafina líquida ou óleo mineral, esse importante recurso medicinal vem após etapas de purificação e filtragem do petróleo bruto.

Esses processos fazem com que os hidrocarbonetos nocivos do petróleo sejam substituídos por combinações de hidrogênio e carbono que não agridem nosso organismo. Mas, mesmo com todas essas modificações, continua sendo necessário tomar cuidado com o uso.

Quais são os principais benefícios do óleo mineral?

O óleo mineral ainda se divide em dois tipos, lubrificantes e não lubrificantes. O primeiro tipo é usado na indústria automotiva, enquanto o segundo é comumente utilizado na produção de fármacos, cosméticos e na indústria de alimentos.

O óleo mineral é seguro se for utilizado com cautela. E, claro, sempre use apenas com a devida orientação médica.

Separamos alguns usos do óleo mineral:

Uso oral/em cápsulas
A ingestão do óleo mineral vai causar um efeito laxante, já que forma uma “barreira lubrificante” nas paredes intestinais, além de amolecer as fezes. Mas vá com calma, já que o consumo excessivo pode causar irritações na mucosa intestinal.

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Também é usado como base de medicamentos, principalmente com analgésicos à base de paracetamol.

Uso tópico/na pele
O mesmo efeito na formação de uma capa protetora também no uso em pomadas e na hidratação da pele. Esse comportamento é conhecido como efeito emoliente, retendo os líquidos na superfície da pele. Além de ser comum em pomadas e cosméticos com essa finalidade, é bem comum ser indicado por tatuadores para ser utilizado durante o período de cicatrização.

Em esmaltes secantes
Pela propriedade hidratante combinada à emoliente, é comum encontrar óleo mineral na composição de esmaltes secantes, já que o composto irá hidratar a pele ao redor da unha e formar uma camada protetora acima da tinta.

Indiretamente na alimentação
Apesar de não ser usado diretamente na produção de alimentos processados, o óleo mineral está presente desde a parte agrícola, onde é usado para dissolver os pesticidas antes de aplicar na lavoura, até as panificações que utilizam a substância como desmoldante em fôrmas.

Quais são as contraindicações do uso do óleo mineral?

Além de confirmar com um médico se o uso é seguro para o seu caso, outros cuidados são necessários.

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O uso constante e descontrolado do óleo mineral tende a embaralhar o sistema digestivo, causando diarreia, vômitos, dores abdominais e até mesmo inflamação retal. Além desses fatores, também dificultam a absorção das vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis.

Pessoas com quadros de náusea, vômito, dor abdominal e refluxo devem evitar o consumo em cápsulas. Crianças não podem fazer uso oral do óleo mineral, já que ele aumenta o risco de desencadear pneumonia lipídica.

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