Covid: nova linhagem do coronavírus é detectada no Brasil
Derivada da variante Ômicron, a XEC foi identificada em três estados e é monitorada pela OMS pelo potencial de ser mais transmissível
Em expansão pelo mundo, uma nova linhagem do coronavírus, conhecida como XEC, já foi detectada em três estados brasileiros. Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina tiveram casos confirmados do subtipo, que é derivado da variante Ômicron do Sars-CoV-2, nome do vírus causador da Covid.
Os primeiros contágios foram confirmados pelo Instituto Oswaldo Cruz com base em duas amostras coletadas na cidade do Rio de Janeiro, em setembro. Posteriormente, dados do mesmo mês nas outras unidades da federação também tiveram sua sequência genética decodificada, confirmando mais casos de XEC.
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O que se sabe da XEC
A XEC é uma recombinação genética de cepas da Ômicron que já circulavam antes.
Ela já foi detectada em pelo menos 35 países após chamar atenção das autoridades sanitárias na metade deste ano. Desde 24 de setembro, a XEC é considerada uma variante “sob monitoramento” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ensejando um cuidado maior na confirmação e notificação dos casos.
Uma linhagem passa a ser monitorada mais detidamente quando há uma aparente vantagem de crescimento na comparação com as outras variantes circulando. A tal vantagem se refere a uma maior capacidade de se reproduzir dentro do organismo de uma pessoa infectada, o que também poderia culminar em uma maior resistência às vacinas.
Por enquanto, as informações vindas de fora do Brasil indicam que a XEC teria uma maior transmissibilidade, mas o comportamento varia em cada país por conta da “memória imunológica” da população local. Ela pode ser influenciada tanto pela cobertura vacinal quanto pela infecção prévia por outras cepas que já existiam no país.
Até o momento a Fiocruz não detectou um aumento inesperado de casos de Covid.
Prevenção
Independentemente da cepa, as orientações de prevenção contra qualquer variante da covid-19 continuam as mesmas: higienizar as mãos regularmente e usar máscara (de preferência PFF2 ou N95) em locais de aglomeração ou ao interagir com pessoas que estejam com a doença – especialmente em épocas de maior circulação de vírus respiratórios.
A vacina continua sendo uma forma efetiva de reduzir as complicações da doença. No entanto, o Ministério da Saúde não recomenda mais o reforço vacinal em pessoas com 5 anos ou mais que não estão em grupos prioritários e já receberam o imunizante antes.
Confira se você se enquadra nos grupos que podem receber uma nova dose em 2024.