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Como uma dor se torna crônica?

Calcula-se que até três em cada dez pessoas convivam com um incômodo persistente em uma região do corpo. Coluna lidera queixas

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 7 fev 2023, 13h02 - Publicado em 7 fev 2023, 13h01
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  • A dor é, antes de tudo, um mecanismo de proteção. Entretanto, às vezes pode persistir mesmo quando o problema para o qual ela alerta já está resolvido.

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    Veja como sentimos o incômodo e porque ele se torna uma dor crônica:

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    1. Sistema de alarme

    Sempre que acontece um machucado ou há um perigo iminente, como ao colocar a mão no fogo, pequenas estruturas chamadas nociceptores detectam o estímulo negativo e convertem a informação em impulsos elétricos, que serão enviados pelos nervos até a medula espinhal e, de lá, ao cérebro.

    Esses receptores existem no corpo todo, mas estão mais concentrados na pele.

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    2. Central de processamento

    É no cérebro que os impulsos elétricos são interpretados, com base em experiências anteriores, no contexto em que ocorreu o estímulo e no estado emocional da pessoa.

    Várias áreas são ativadas, entre elas os lobos frontal e parietal, que participam da tomada de decisões, e o tronco cerebral, uma espécie de farmácia interna, que libera neurotransmissores como serotonina, endocanabinoides e outros de ação analgésica.

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    ilustração sobre dor crônica
    (ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

    3. Ação e reação

    Parte do que acontece no cérebro envolve a produção de hormônios no hipotálamo, entre eles o do estresse e os que ativam o sistema imune, responsável por promover uma reação inflamatória e enviar células de defesa ao local ferido. E

    sse processo é doloroso, mas regenerativo e controlado. Depois de alguns dias ou semanas, o machucado ou a doença melhoram e o trânsito de moléculas volta à normalidade.

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    4. Pane no sistema

    A grande questão é que, para algumas pessoas, a dor permanece mesmo com a resolução do problema no local. Isso até pode ocorrer por uma sensibilização das fibras nervosas envolvidas na troca de informações, mas na maioria das vezes o enrosco é central.

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    + Leia também: Dores crônicas afetam pelo menos 37% dos brasileiros. O que fazer?

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    É como se o sistema de alarme do cérebro estivesse quebrado e os mecanismos de controle da dor funcionassem pior do que antes.

    Causas e consequências

    quadro com causas da dor crônica
    (Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

    + Leia também: Ficar parado é o pior a fazer para aliviar a dor crônica

    origem da dor cronica
    (Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

    Tem solução

    A fisiatra brasileira Andrea Furlan, da Universidade de Toronto, no Canadá, usa uma analogia para falar do tratamento da dor crônica: “Muitas vezes, as pessoas com o problema procuram soluções locais, como uma massagem para as costas, mas, como se trata de algo central, no sistema de alarme do cérebro, seria como chamar a polícia ou a ambulância toda vez que ele dispara à toa”.

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    Existem medicamentos e até cirurgias que podem corrigir os mecanismos descompensados, mas o que mais funciona são as mudanças de estilo de vida. Destaque para a prática de exercícios regulares e o cuidado com o sono e a mente.

    Fontes: Andrea Furlan, fisiatra da Universidade de Toronto, no Canadá; Manoel Jacobsen, neurologista do Hospital Sírio-Libanês (SP)

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