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Cetamina: o que é a droga no centro do caso envolvendo Djidja Cardoso

Conhecida como “Key”, “Keyla” ou “Keta”, a substância pode causar alucinações, dependência e danos cognitivos severos quando usada abusivamente

Por Yasmmin Ferreira
6 jun 2024, 09h30

A recente morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins, em Manaus, trouxe à tona preocupações sobre o uso abusivo de cetamina.

Djidja foi encontrada morta em casa no dia 28 de maio de 2024, com indícios da substância no organismo. As investigações revelaram que a mãe dela, Cleusimar Cardoso, e seu irmão, Ademar Cardoso, seriam líderes de uma seita que realizava rituais utilizando cetamina de forma coercitiva.

Durante a investigação policial, denominada Operação Mandrágora, foram encontradas ampolas da droga, seringas e outros equipamentos. Em vídeos que circulam nas redes, Djidja e o irmão aparecem em um estado alterado de consciência.

+Leia também: Quais são as drogas mais usadas pelos brasileiros?

O que é a cetamina?

A cetamina é uma substância originalmente desenvolvida como anestésico, amplamente utilizada tanto em humanos quanto em animais.

Ela age bloqueando os receptores NMDA no cérebro, impedindo a transmissão de sinais de dor e provocando uma sensação de desligamento entre a mente e o corpo. Esta característica a torna eficaz como anestésico e analgésico durante procedimentos cirúrgicos e médicos.

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Além de seu uso como anestésico, a cetamina ganhou destaque recentemente no tratamento de condições psiquiátricas, especialmente em casos de depressão resistente. Estudos demonstraram que a substância pode ter efeitos rápidos e duradouros na redução dos sintomas depressivos.

Em 2020, a Anvisa aprovou o uso do cloridrato de escetamina (molécula da cetamina), uma forma da droga administrada via spray nasal, para tratar depressão severa e transtorno depressivo maior com tendências suicidas.

Uso recreativo da cetamina

Apesar das contraindicações fora do contexto médico, a cetamina passou a ser usada de forma recreativa devido às propriedades alucinógenas. Ela pode induzir experiências de distorção sensorial, alucinações e uma sensação de euforia. Isso fez com que a substância se tornasse popular em festas e raves desde os anos 1980.

No Brasil, a cetamina é frequentemente referida como Ketamina, “Key”, “Keyla”, “Keta” ou “special K”.

Quais os riscos do uso abusivo da cetamina?

O uso frequente de cetamina apresenta riscos significativos de dependência. O abuso da substância pode levar a problemas graves de saúde mental e física, incluindo danos cognitivos, problemas urinários crônicos e distúrbios de memória.

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O uso não supervisionado da cetamina também pode resultar em overdose, cujos sintomas incluem sedação extrema, respiração irregular, convulsões e, em casos graves, coma ou morte, como no caso de Djidja Cardoso.

Devido aos riscos associados, o uso da cetamina é rigorosamente controlado. Nos contextos clínicos, ela deve ser administrada apenas sob supervisão médica para garantir a segurança e eficácia do tratamento, minimizando os riscos de efeitos adversos e vício.

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