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Brasileiras deixam passar sintomas dos distúrbios da tireoide

Pesquisa global aponta que hipertireoidismo e hipotireoidismo estão passando despercebidos em meio ao estilo de vida de muitas mulheres

Por Vand Vieira
Atualizado em 25 Maio 2018, 11h08 - Publicado em 23 Maio 2017, 12h24
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Distúrbios da tireoide prejudicam o funcionamento de todo o organismo  (Foto: Anatolii Riepin/Shutterstock. Ilustração: Ícaro Yuji/SAÚDE é Vital)
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Quando a tireoide trabalha demais (hipertireoidismo) ou de menos (hipotireoidismo), provoca um verdadeiro rebuliço no organismo. O problema é que nem todo mundo sabe que os hormônios produzidos por essa glândula determinam o ritmo de diversos processos que ocorrem no corpo, como mostra um estudo realizado este ano pela Censuswide a pedido da Merck, uma empresa farmacêutica alemã.

Isso porque, após a análise de 6 171 questionários respondidos por mulheres de sete países (Arábia Saudita, Brasil, Chile, França, Indonésia, Itália e México), os pesquisadores observaram que 49% das voluntárias não associavam, por exemplo, insônia e sonolência ao funcionamento da tireoide. Para elas, esses desgastes eram resultado da correria do dia a dia.

A tireoide das brasileiras

Os números registrados por aqui merecem atenção especial. Embora a maioria das 1 003 entrevistadas do nosso país tenha associado disfunções na tireoide a sintomas mais clássicos — como alterações de peso (81%), cansaço excessivo (67%) e ansiedade (57%) — outras consequências foram deixadas de lado. A falta de concentração só foi ligada a encrencas nessa glândula por 35% das brasileiras e a dificuldade para se sentir motivado, por 43%.

Para piorar, mudanças repentinas na menstruação, insônia, dificuldade para engravidar, se concentrar ou evacuar e perda progressiva da audição foram citadas como “problemas do cotidiano com os quais devemos conviver” por 22%, 20, 30%, 22%, 18%, 27% das participantes, respectivamente. Daí a importância de trabalhos como esse, pensado com foco na Semana Internacional de Conscientização sobre a Tireoide, que acontece de 22 a 27 de maio.

“Esse tipo de distúrbio é de cinco a dez vezes mais comum entre as mulheres”, estima Laura Ward, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), de São Paulo. “Acredita-se que essa prevalência tenha origem genética ou hormonal. No entanto, ainda é cedo para eleger uma causa”, completa.

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Mesmo que os sintomas do hiper e do hipotireoidismo também possam ser ocasionados por estresse ou outros fatores, negligenciar a possível relação com uma doença é perigoso. Ao notar sinais suspeitos (elencamos alguns abaixo), vale a pena investigar sua origem, principalmente se eles forem persistentes. Há tratamentos que podem controlar o problema e, assim, devolver a qualidade de vida de seus portadores.

Sintomas de hipotireoidismo

Fadiga
Constipação
Ganho inexplicável de peso
Sensibilidade exagerada ao frio
Inchaço no rosto
Pele ressecada
Fraqueza, dor, sensibilidade ou rigidez muscular
Esquecimentos ou dificuldade de se concentrar
Desânimo
Alterações no ciclo menstrual

Sintomas de hipertireoidismo

Insônia
Diarreia
Perda inexplicável de peso
Suor excessivo
Ruborização da pele
Olhos saltados
Taquicardia (mais de 100 batimentos por minuto)
Ansiedade, irritabilidade ou nervosismo
Hiperatividade
Alterações no ciclo menstrual

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