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Bebê infectado com sarampo pela mãe não vacinada morre no Canadá

Contágio pelo vírus na gravidez está associado a partos prematuros e aumenta a chance de complicações de saúde no recém-nascido

Por Maurício Brum
6 jun 2025, 12h05
vacina-sarampo
Vacina é a principal forma de se proteger do sarampo (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)
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Enquanto o Canadá vive um surto de sarampo associado a uma queda na vacinação da população, uma notícia trágica reforçou a dimensão da crise: um bebê prematuro que havia contraído sarampo da mãe (não vacinada) teve a morte confirmada nesta semana.

Embora a causa exata do óbito não tenha sido informada pelas autoridades sanitárias do país, não foi descartado que a doença tenha aumentado as complicações de saúde da criança.

Saiba mais.

+Leia também: Sarampo: mortes nos EUA reforçam importância da vacina

Entenda o caso

A morte foi confirmada na quinta-feira (5) e foi registrada em Ontário, província que é o epicentro do atual surto de sarampo no Canadá.

Segundo as informações divulgadas oficialmente, o bebê contraiu o vírus da mãe antes do nascimento (por meio da transmissão vertical). Sem dar mais detalhes sobre a gestante, as autoridades também informaram que ela jamais havia recebido a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, conhecida em inglês como MMR e, no Brasil, como tríplice viral ou SCR.

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O bebê também tinha outras complicações de saúde que não foram informadas. No entanto, o contágio por sarampo foi considerado uma causa provável para explicar o agravamento que levou tanto ao nascimento prematuro quanto à morte.

Em meio a discursos negacionistas, a cobertura vacinal contra o sarampo vem caindo em vários países, o que fez a doença reaparecer. No Canadá, o surto atual já registrou 2.755 casos confirmados ou prováveis em 2025, com a grande maioria tendo sido notificada em Ontário.

+Leia também: Peter Hotez: “As coisas ficaram muito sombrias nos Estados Unidos”

Riscos do sarampo na gestação (e como prevenir)

O contágio por sarampo durante a gravidez traz riscos à gestante e ao bebê. A principal consequência associada à infecção é uma maior possibilidade de sofrer um parto prematuro. A presença da doença na mãe também pode provocar aborto espontâneo e baixo peso ao nascer.

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A possibilidade de transmissão vertical, quando o vírus passa da mãe ao bebê, também existe. Nesse caso, a transmissão ocorre imediatamente antes (pela placenta) ou após o nascimento (durante o parto ou na amamentação).

A principal maneira de prevenir casos de sarampo, na gestação e em qualquer idade, é com a vacinação. No Brasil, ela é ofertada pelo SUS e tem indicação para todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos de idade. 

É importante observar que a aplicação da vacina contra o sarampo é contraindicada durante a gravidez. Por isso, é fundamental se imunizar antes disso para prevenir complicações na gestação.

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Quem ainda não foi imunizado ou está com o esquema incompleto pode procurar um serviço de saúde, dentro das indicações do Calendário Nacional de Vacinação, para buscar a proteção. A vacina aplicada pode ser a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou a tetra viral (que inclui os mesmos patógenos da tríplice, mais a proteção contra a varicela, também chamada de catapora).

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