Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vacina tríplice viral não causa autismo (nem em crianças suscetíveis)

A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola foi acusada no passado de provocar autismo. Mas um estudo com 650 mil crianças refuta essa teoria – outra vez

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 29 Maio 2023, 11h38 - Publicado em 6 mar 2019, 18h25

Que nos perdoem os defensores do movimento antivacina, mas, com as evidências científicas disponíveis hoje, afirmar que a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubérola) causa autismo é, no mínimo, negar a realidade. Se não bastassem os estudos anteriores, agora um levantamento dinamarquês com mais de 650 mil crianças deixa claro que não há qualquer associação entre as injeções e esse transtorno – mesmo entre os pequenos mais suscetíveis a ele.

Nesse último experimento, pesquisadores da Universidade de Copenhague cruzaram registros de vacinação de 657 461 crianças com dados de desordens psiquiátricas. Ao longo dos anos, 6 517 delas desenvolveram autismo.

Ao comparar a turma que tomou a tríplice viral com a que não a recebeu, ficou claro que não há qualquer ligação de autismo com a vacina. E isso valeu mesmo para os pequenos mais predispostos à doença (como àqueles cujos irmãos são autistas).

“Não encontramos qualquer apoio para a hipótese de aumento no risco de autismo após a vacinação para sarampo, caxumba e rubéola nessa população”, reforçam os autores, no artigo. E eles estão longe de estarem sozinhos.

Continua após a publicidade

Onde surgiu a polêmica e o que veio depois

Essa relação sem pé nem cabeça do autismo com a vacinação ganhou os holofotes por causa de um estudo fraudulento publicado em 1998 – que terminou com a cassação da licença para praticar medicina do seu autor. Nossa colunista contou essa história em detalhes neste artigo.

De lá para cá, uma série de experimentos sérios rejeita a teoria. Os próprios autores desse último estudo já haviam se debruçado sobre o assunto em outro artigo com 537 mil crianças dinamarquesas.

Continua após a publicidade

“Uma crítica ao nosso trabalho anterior era o de que ele e outras investigações não abordavam um eventual risco em crianças presumivelmente mais suscetíveis ao autismo”, afirmaram os experts dinamarqueses. “Nesse trabalho, nós avaliamos inclusive isso”, reforçaram.

Ou seja, de uma vez por todas, vamos parar de espalhar essa notícia falsa e estimular a vacinação infantil.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.