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A vacina do sarampo pode causar reação adversa?

Veja os possíveis efeitos colaterais da vacinação do sarampo. Mas tenha uma certeza: os sintomas e a gravidades são bem menores do que os da infecção em si

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 29 Maio 2023, 11h34 - Publicado em 6 ago 2018, 13h46

As duas vacinas disponíveis contra o sarampo (tríplice viral e tetraviral) são bastante seguras. Elas podem causar, como reação adversa, febre, mal-estar, dor no local da injeção e vermelhidão. Em casos raríssimos, provocam efeitos graves, como meningite e encefalite – cerca de um caso para cada 2,5 milhões vacinados.

Reações adversas leves

Como a vacina é subcutânea – aplicada logo abaixo da pele, e não dentro do músculo –, reações locais são incomuns, mas eventualmente ocorrem. “Estamos falando de dor, vermelhidão, inchaço etc. Isso acontece em menos de 5% dos casos”, diz o pediatra Juarez Cunha, membro da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim).

Além disso, de 5 a 15% das pessoas desenvolvem algum sintoma leve dos componentes da vacina. Explica-se: a tríplice viral carrega vírus enfraquecidos de sarampo, rubéola e caxumba, enquanto a tetraviral ainda possui uma versão atenuada do agente infeccioso da catapora. Ou seja, de cinco a 12 dias após a aplicação, o indivíduo pode ter sintomas como:

Febre
• Mal-estar
• Um pequeno inchaço no pescoço (em reação ao vírus atenuado da caxumba)
• Manchas no corpo (chamadas de sarampinho)
• Inchaço de linfonodos (em decorrência do vírus enfraquecido da rubéola)
• Bolhinhas com água na pele (pelo vírus atenuado da catapora)

Esses sinais desaparecem com o tempo, sem ameaçar os vacinados – inclusive as crianças. “Mesmo assim, a presença deles exige avaliação médica, até porque às vezes não é a vacina que os provocou”, explica Cunha.

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Os efeitos colaterais graves

Vamos reforçar: na primeira dose, não mais do que uma a cada 2,5 milhões de vacinas aplicadas contra o sarampo deflagram algum problema sério. Para comparar, o pediatra Juarez Cunha destaca que de janeiro a agosto de 2018, aconteceram cinco mortes confirmadas por causa do sarampo no Brasil, com mais de 1 mil casos. Ou seja, é muito – muito! – mais seguro se imunizar do que correr o risco de ser infectado.

Ainda assim, fique de olho aos seguintes sinais, que costumam surgir por volta do 15º dia após a vacinação:

• Meningite
• Encefalite
• Pneumonia
• Dor de cabeça forte e persistente, que não passa

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Se for o caso, busque amparo médico quanto antes para que os especialistas possam controlar a situação. E um recado: não há qualquer possibilidade de a vacina contra o sarampo desencadear o autismo, como o movimento antivacina às vezes apregoa.

Há também episódios raríssimos de reações alérgicas severas à vacinação. Indivíduos com alergia grave ao ovo devem conversar com um profissional – porém, mesmo nessa situação a probabilidade de problemas é baixa, visto que há apenas traços de ovo na dose.

As vacinas do sarampo são contraindicadas a indivíduos com algum problema de imunidade no momento – sujeitos que acabaram de receber um transplante de órgão, por exemplo. A princípio, gestantes e menores de 1 ano de idade não poderiam se imunizar, porém, em situações de surto, essa regra pode ser modificada.

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