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Ataques de escorpião e pragas aumentam nos dias quentes. Como evitar?

O número de acidentes com pragas urbanas tem crescido. Conheça medidas que reduzem o risco de picadas e o que fazer em uma emergência

Por Alfredo Salim Helito, clínico geral
29 jan 2024, 17h47
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Escorpiões podem ter veneno perigoso para humanos. (Ilustração: Veja Saúde/Veja Saúde)
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O verão é uma época propícia para o aumento de ataques de escorpião e outros animais peçonhentos, como a aranha. Isso porque as altas temperaturas favorecem a proliferação desses animais e a sua atividade.

Por possuírem hábitos noturnos, esses animais podem passar despercebidos nas residências, por isso uma atenção redobrada nessa época do ano é fundamental.

O aumento da temperatura nos últimos anos e a expansão urbana muitas vezes desorganizada têm feito o número de acidentes com escorpiões, aranhas e outras pragas aumentarem no Brasil nas últimas décadas. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2022, foram 292 440 casos registrados, sendo 19,25% apenas no estado de São Paulo.

+Leia também: Picada de aranha: quais os riscos e o que fazer

Sabendo que esses animais preferem ambientes úmidos e com pouca luz, algumas medidas podem ser utilizadas para minimizar o risco de acidentes:

  • Mantenha o ambiente limpo. Evite entulhos, sacos de lixo não bem fechados e acúmulo de folhagens ou cascas de árvores
  • Realize higienização adequada de ralos e, sempre que possível, coloque telas neles
  • Proteja a residência da entrada desses animais com a instalação de telas em janelas, vedação de frestas e vãos em telhados/forro e paredes, além da proteção nas frestas das portas
  • Sempre verifique as roupas e sapatos antes de utilizá-los, chacoalhando-os.
  • Combata insetos, como baratas – o principal alimento dos escorpiões.
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Se mesmo com todas essas medidas preventivas você sofrer um ataque de algum desses animais, a orientação é fazer uma lavagem local com água e sabão e procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima – mesmo que não esteja sentindo nenhum sintoma no momento.

Não se deve realizar torniquete, nem outras medidas para tentar retirar o veneno.

Alguns desses animais possuem venenos potencialmente graves para o ser humano, sendo necessária avaliação médica em tempo adequado para o início de uma terapêutica.

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Vale lembrar que, sempre que possível, deve-se identificar qual o animal responsável pelo ataque – desde que isso não coloque a segurança ainda mais em risco. Isso ajuda o médico a identificar o agente causador do trauma e realizar o tratamento adequado.

Dependendo do caso, o profissional de saúde pode prescrever soro antiescorpiônico ou antiaracnídeo específico.

*Alfredo Salim Helito é clínico geral, Head Nacional da Clínica Médica na Brazil Health, membro do Corpo Clínico e Conselho Administrativo do Hospital Sírio Libanês e coautor do livro Saúde – Entendendo as Doenças, a Enciclopédia da Família (clique para comprar)

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(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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(Logo: Brazil Health/Reprodução)
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