Ácido azelaico: o que é e para que serve?
Substância com ação anti-inflamatória e clareadora pode ser usada no tratamento de diferentes condições de pele, como acne e melasma
Acne, melasma, rosácea… essas são algumas condições dermatológicas que podem ser tratadas com o uso do ácido azelaico, uma substância de origem vegetal com propriedades anti-inflamatórias e clareadoras.
Ela é extraída de plantas como trigo, centeio e cevada para fabricação de cremes e géis a base do ácido, e também é produzida por fungos que vivem naturalmente na nossa pele, como o Malassezia furfur.
“É uma substância que pode compor o tratamento de várias doenças que afetam a nossa pele em qualquer idade ou fase da vida, inclusive durante a gestação“, afirma a dermatologista Elisete Crocco (SP), coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Isso porque o ácido azelaico, em geral, é bem tolerado. “Não há contraindicações, a menos que a pessoa apresente hiperssensibilidade ao produto“, destaca Crocco. Efeitos adversos podem incluir ardência, coceira, vermelhidão e descamação.
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Ainda assim, o uso deve ser feito apenas mediante recomendação médica. O dermatologista é o profissional capacitado para avaliar e definir o melhor tratamento para cada quadro e paciente. A dose e os intervalos indicados pelo seu especialista devem ser respeitados.
A seguir, conheça algumas curiosidades e aplicações do ácido azelaico.
Para que serve o ácido azelaico?
Os principais benefícios do ácido azelaico para a pele se devem a suas ações antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. É uma substância que ajuda a reduzir a oleosidade e promove a regeneração das células cutâneas, diminuindo marcas de inflamações e manchas.
1. Acne
Estima-se que cerca de 80% das pessoas sofram com essa condição em algum momento da vida. As espinhas e os cravos gerados pela inflamação das glândulas sebáceas na pele podem ser combatidos pelo ácido azelaico, que ajuda a limpar e reduzir os poros, além de inibir o crescimento de bactérias associadas à acne.
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2. Melasma
O ácido azelaico também tem um efeito despigmentante, contribuindo para a remoção de manchas provocadas pelo melasma. A condição é caracterizada pela aparição de manchas escuras ou acastanhadas no rosto e acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. É desencadeada por fatores genéticos e pela exposição solar.
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3. Rosácea
Algumas pessoas que convivem com rosácea também podem se beneficiar dos efeitos do ácido azelaico. A doença é caracterizada pelo aparecimento de áreas avermelhadas no rosto, principalmente nas bochechas, acompanhadas do aparecimento de pequenos vasos, edemas e até nódulos.
É uma condição que torna a pele mais sensível a manchas, que podem ser melhor controladas pelo ácido azelaico.
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4. Hiperpigmentação pós-inflamatória
Após o processo de inflamação e cicatrização da pele por quaisquer motivos (sejam queimaduras, infecções, picadas ou até pelos encravados), é comum que manchas fiquem como testemunho da lesão.
Para retirá-las, há vários tipos de tratamento, que vão do uso tópico de cremes e pomadas com efeito clareador ao auxílio de procedimentos como peelings e laserterapia.
O ácido azelaico é uma das substâncias de uso tópico que pode ser indicada para a diminuição da hiperpigmentação pós-inflamatória.
Consulte seu dermatologista para traçar o tratamento mais adequado para o seu caso. Não se automedique.