A trilha da longevidade brasileira

Vira e mexe as Blue Zones, como são conhecidos os locais do mundo com a maior quantidade de centenários, bombam em livros, séries e notícias na internet. Mas sabia que temos uma delas aqui no Brasil? E que os segredos do município mais longevo do país vêm sendo mapeados há décadas?

Pois é o que mostra a Trilha da Longevidade Brasileira, pesquisa tocada pelo Instituto Moriguchi em Veranópolis (RS) que completará 30 anos em 2024.

“Muito antes desse conceito de Blue Zones, já analisávamos o que faz algumas pessoas viverem mais e melhor”, conta o geriatra Emílio Moriguchi, um dos precursores do trabalho. “Como são dados 100% nacionais, que consideram a nossa genética e as nossas características, as descobertas e recomendações podem ser replicáveis a outras cidades brasileiras”, diz.

+Leia Também: O homem envelhece. Mas será que ele anda se cuidando?

Rota para chegar aos 100 anos

Algumas recomendações nem sempre são fáceis de cumprir, mas valem a recompensa

Acompanhamento médico
Estar com a saúde em dia é o primeiro passo para viver mais. Então nada de pular as consultas!

Espiritualidade
Não existe religião ou crença certa, mas acreditar em algo estimula o autocuidado.

Controle do estresse
Como é um gatilho para diversas doenças, físicas ou psíquicas, a tensão tem de ser domada.

Sono adequado
Dormir bem restaura o organismo, por isso não dá para negligenciar noites de qualidade.

Sociabilidade
Manter amigos e família por perto, além de praticar atividades em grupo, conta muitos pontos.

Propósito
Pode ser um sonho pessoal ou um trabalho social: isso nos motiva a seguir em frente.

Dieta equilibrada
Fonte de nutrientes e prazer, a alimentação contribui para a qualidade e a expectativa de vida.

Atividade física
Dá fôlego e energia para viver bastante, além de proteger o corpo e a mente de traumas.

+Leia Também: 33 milhões de idosos no Brasil: como promover cuidado na terceira idade?