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7 questões urgentes para debater o envelhecimento no Brasil

Longevidade saudável é o sonho de todos, mas há desafios à vista. Conheça os principais! Eles também serão discutidos em um fórum de VEJA SAÚDE e GSK

Por Diogo Sponchiato
Atualizado em 21 ago 2023, 18h36 - Publicado em 30 jun 2023, 13h20

A expectativa de vida do brasileiro aumentou nos últimos anos, mas alguns obstáculos de ordem física, mental e social reduzem as chances de a população ter anos mais saudáveis pela frente. O avanço das doenças crônicas, o risco de novas e velhas infecções e a persistência (ou agravamento) de problemas socioeconômicos são alguns dos principais.

É por essas e outras que VEJA SAÚDE e a farmacêutica GSK se uniram para criar e realizar o fórum Longevidade 360º: um olhar atual sobre a revolução do envelhecimento saudável. 

O evento, que será realizado no dia 18 de agosto a partir das 19h em São Paulo e transmitido pelo YouTube e as redes sociais, reunirá nomes das áreas da saúde, ciências humanas e economia para debater tópicos que, direta ou indiretamente, impactam o envelhecimento no país.

VEJA SAÚDE antecipa alguns deles. É urgente colocá-los na pauta dos cidadãos e das políticas públicas.

1. Vacinação

A pandemia de Covid-19 deixou explícita a necessidade de o público acima de 60 anos se proteger ainda mais de doenças infecciosas. Sabe-se que, com o avançar da idade, a imunidade pode perder seu potencial de reação a vírus e bactérias, reforçando a importância da vacinação.

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Fora a gripe e a própria Covid-19, existem imunizantes particularmente críticos para os idosos, caso da vacina contra doenças pneumocócicas (por trás de pneumonia) e contra herpes-zóster (infecção dolorosa que afeta a pele e os nervos).

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) propõe um calendário de vacinação para esse público, mas as taxas de cobertura vacinal indicam que a meta para a maioria das doenças não tem sido atingida. Isso é um perigo porque pode levar ao recrudescimento de moléstias ou a volta daquelas aparentemente controladas.

+ LEIA TAMBÉM: Uma evolução de conceitos no cuidado aos idosos

2. Desigualdade social e racial

É inevitável falar no Brasil sobre as diferenças de acesso à saúde e às condições para um envelhecimento ativo do ponto de vista socioeconômico, geográfico e racial. Enquanto uma pequena parcela da população desfruta de orientação especializada para prevenir doenças e de medicamentos e procedimentos de ponta, um número expressivo sofre para conseguir o básico, muitas vezes ficando sem diagnóstico e tratamento adequados.

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Há que se louvar o papel do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não se pode esconder as deficiências em termos de financiamento e ações que repercutem nos cuidados com o público acima de 60 anos, sobretudo em regiões mais carentes economicamente.

Além disso, como revela estudo recente do Cebrap, a desigualdade entre negros e brancos afeta o envelhecimento do maior percentual da sociedade, diminuindo suas chances de uma boa expectativa e qualidade de vida.

3. Inclusão digital e educacional

Em um mundo em que grande parte das transações e informações circulam pela internet, os idosos têm o direito e a necessidade de se alfabetizarem digitalmente a fim de usufruir de serviços e comodidades. Embora existam iniciativas pontuais, especialistas advogam um plano maior para que essa capacitação possa acontecer, o que teria impactos inclusive no acesso à saúde.

Fora o universo de sites, redes sociais e serviços online, entidades públicas e privadas podem e devem oferecer cursos e oportunidades de educação continuada a pessoas acima dos 60 anos ou que se aposentaram. Diversos projetos de universidade aberta à terceira idade têm cumprido esse papel, mas há espaço para mais iniciativas, sobretudo em cidades de menor porte.

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4. Doenças crônicas

Mais da metade da população brasileira está acima do peso. Três em cada dez cidadãos têm pressão alta. E pelo menos 10% deles possuem diagnóstico de diabetes. As doenças crônicas não transmissíveis, cuja prevalência se eleva com a idade, são um dos grandes problemas de saúde pública deste século.

Não bastassem os danos diretos que provocam, estão por trás das duas principais causas de morte no planeta, a doença cardiovascular e o câncer. Sendo assim, é impossível falar de envelhecimento saudável sem considerar a necessidade de prevenir, detectar e tratar corretamente tais condições.

Um dos grandes dilemas nesse sentido envolve a conscientização da população e a adesão ao tratamento prescrito. Isso porque são doenças que, durante anos, podem ser assintomáticas, manifestando-se tão somente quando prejuízos mais sérios ocorrem no organismo. É fundamental revisar a aplicação das políticas públicas de contenção a essa “pandemia”.

Algo que passa inclusive pelo incentivo a uma alimentação equilibrada e à prática regular de atividade física.

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5. As heranças da Covid-19

Por falar em pandemia, no sentido literal, a Covid-19 deixou marcas sanitárias e sociais profundas na sociedade brasileira. Ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha retirado o status de emergência internacional e a situação esteja controlada, certos cuidados deverão ser mantidos, especialmente para grupos com maior risco de complicações pelo vírus, caso dos próprios idosos.

Nesse contexto, eles não só precisam continuar sendo bem instruídos sobre a prevenção e a vacinação como é fundamental dar a devida atenção àqueles que sofrem com a chamada Covid longa, as sequelas da infecção em si. Trata-se de uma gama extensa de manifestações clínicas, com destaque para as respiratórias e as neurológicas, que carecem de atendimento e reabilitação.

+ LEIA TAMBÉM: 10 fatores que pesam na prevenção de demências

6. Saúde mental

Estudos atestam que, com o envelhecimento, estamos mais expostos a alguns transtornos mentais como a depressão e às doenças neurodegenerativas, caso do Alzheimer. Os efeitos da idade no cérebro, e como podemos atenuá-los, é, portanto, outro assunto de saúde pública.

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Aperfeiçoar estratégias em larga escala de prevenção, diagnóstico e acesso a tratamento é vital e desafiador. Primeiro porque ainda existem tabus em relação à procura de profissionais quando há sofrimento emocional. Segundo porque alguns indícios de distúrbios psíquicos ou cognitivos são atribuídos a consequências naturais da idade, o que não é completamente verdadeiro.

Endereçar essas questões, que refletem no bem-estar psicológico, físico e social, não pode ser tratado como prioridade menor dentro do consultório médico e das políticas públicas de saúde.

7. Preconceito contra o idoso

Felizmente a sociedade, que vive uma mudança no perfil demográfico, está acordando e se sensibilizando para a importância de respeitar mais o público maduro. Como defendem estudiosos, ele representa cada vez mais uma força ativa e produtiva qualificada mundo afora.

A discriminação, que atende pelo nome de etarismo, é uma chaga antiga que maltrata os idosos e poda oportunidades para eles. Durante a pandemia, o fenômeno ficou evidente nos memes gozando das pessoas mais velhas e do seu risco em relação ao vírus.

O cenário está se transformando, contudo. E prova disso não são só campanhas de esclarecimento e movimentos puxados por influencers acima dos 60 anos como o aumento na oferta de serviços e produtos pensados para essa fatia significativa e relevante da população.

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