Na onda da febre dos suplementos esportivos, a palatinose tem feito sucesso como pré-treino no lugar de outras fontes de carboidrato.
Vendida como um “carboidrato do bem”, capaz de prolongar a sensação de saciedade e promover a saúde digestiva, a palatinose é o nome comercial da isomaltulose. Ela promete repor energia e prevenir o aumento de gordura. Mas será que isso tudo é verdade?
Parte das promessas dos suplementos são interpretações errôneas sobre os efeitos dessa substância no organismo. A isomaltulose realmente tem sido discutida no meio científico como um carboidrato com baixo índice glicêmico, mas os resultados sobre os seus benefícios são muito conflitantes.
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Palatinose no pré-treino: será que é uma boa ideia?
Por agir no corpo como um carboidrato complexo, a isomaltulose é absorvida lentamente no intestino delgado e fornece energia de forma equilibrada. Assim, os níveis de glicose e insulina no sangue também aumentam lentamente e atingem teores máximos mais baixos do que os da sacarose (do açúcar comum), por exemplo.
Por este motivo, ela é utilizada como um adoçante alternativo em produtos para diabéticos e pré-diabéticos.
Considerando a lenta digestão da palatinose, há a ideia de que ela poderia substituir carboidratos comuns antes de atividades físicas e oferecer saciedade durante o treinamento. Porém, estudos indicam que este uso só é eficiente para atletas dedicados a atividades muito prolongadas.
A palatinose é uma fonte de energia, mas não seria capaz de oferecer a energia imediata necessária para a realização de grande parte dos exercícios feitos por quem não é atleta, já que são atividades de duração mais curta, que exigem um aporte rápido.
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Possíveis riscos no uso prolongado acendem alerta
Por ser um carboidrato, mesmo complexo, a palatinose não ajuda a perder peso por si só. Pelo contrário, seu uso sem o acompanhamento de uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios pode até ter o efeito oposto, ao adicionar calorias na dieta.
A ingestão de isomaltulose também pode levar a sintomas gastrointestinais graves durante exercícios prolongados ou de alta densidade para atletas sem a preparação adequada.
No entanto, é bom ressaltar que — tanto para os benefícios quanto para os possíveis problemas — ainda são poucos os estudos com relevância estatística para cravar os efeitos desse suplemento. Em geral, as pesquisas feitas até agora envolvem números muito reduzidos de atletas.
O ideal antes de iniciar uma suplementação, em todos os casos, é consultar um nutricionista e realizar exames de sangue para elaborar uma dieta que seja eficaz para os objetivos de cada paciente.