Dia das Mães: Assine a partir de 10,99/mês

Glutamina engorda? Saiba mais sobre esse suplemento

Aminoácido não leva a ganho de peso, mas também não traz benefícios para quem pratica exercícios físicos

Por Valentina Bressan
22 abr 2025, 17h02
suplementos-massa-muscular
Há suplementos para diferentes objetivos e necessidades. Faça uso somente sob orientação profissional (Freepik/Freepik)
Continua após publicidade

Aminoácido fabricado naturalmente pelo corpo humano, a glutamina se tornou mais uma opção de suplemento no mercado para os frequentadores de academia. Também passou a ser ingrediente dos famosos “shots da imunidade“.

Ela é vendida com a promessa de reforçar o sistema imunológico e proteger contra o dano muscular, como o causado pelos exercícios, mas a ciência ainda não comprovou nenhum desses benefícios.

Diferente de suplementos como a creatina, a glutamina contém algumas calorias. Por isso, podem surgir dúvidas quanto à possibilidade de ganhar peso durante o uso do suplemento.

Saiba, a seguir, se consumir glutamina engorda e entenda a ação da substância no organismo.

Glutamina engorda?

Quem deseja usar a glutamina como suplemento para atividades físicas pode se perguntar se o aminoácido leva a aumento de peso.

Essa ideia surge porque, na tabela nutricional, é possível notar que a glutamina tem valor calórico. No entanto, as quantidades indicadas do suplemento não representam uma grande mudança na dieta: um scoop – equivalente a uma colher de chá de 5 gramas – de glutamina tem cerca de 20 calorias. 

Continua após a publicidade

As pesquisas tampouco demonstram diferenças significativas no ganho de massa muscular entre quem usa e não usa a glutamina. Alguns estudos até demonstraram perda de peso com o uso do aminoácido. Suplementar também não traz benefícios em performance ou composição corporal. Outros tipos de produto são mais efetivos para quem treina.

+Leia também: Mito ou verdade: creatina engorda?

É recomendado suplementar glutamina?

A glutamina é um dos aminoácidos mais abundantes no organismo. A maior parte é produzida pelo próprio corpo, e o restante é ingerido por meio da alimentação: carne, leite e derivados, tofu, feijões e beterraba contêm o nutriente. Ou seja, com uma dieta bem equilibrada, você já está garantindo níveis saudáveis de glutamina.

A hipótese de que a glutamina poderia melhorar o processo de recuperação muscular ou apoiar a função imunológica do corpo vem de achados em pessoas doentes. Quando o corpo se desgasta, seja por causa de traumas, infecções, queimaduras e cirurgias, a quantidade de glutamina no organismo diminui. Os níveis do aminoácido também podem baixar após praticar exercícios muito extenuantes.

No entanto, a lógica inversa, de que suplementar a glutamina poderia prevenir esse quadro de estresse no organismo, ainda não foi totalmente confirmada pela ciência. A glutamina até é utilizada no ambiente hospitalar, com algumas evidências de benefícios a pacientes graves em recuperação. Isso acontece porque a glutamina atua sobre o intestino, reduzindo o risco de infecções.

Continua após a publicidade

Mas para atletas ou praticantes de atividade física, não existem estudos relevantes comprovando que o suplemento proteja contra danos musculares ou traga vantagens para o sistema imune.

Em resumo, ainda não há evidências suficientes para recomendar a suplementação com glutamina. Você dificilmente terá algum incremento nos resultados ao adicionar a substância na rotina.

Ela não pode ser utilizada por crianças, grávidas ou lactantes. Consulte um médico antes de adicionar qualquer suplemento à dieta. A glutamina pode ainda agravar problemas no fígado e interagir com medicamentos.

 

 

Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.