Você provavelmente já ouviu (ou leu aqui na SAÚDE) sobre os benefícios do exercício durante o tratamento contra o câncer. Mas um time de cientistas da Austrália e da Islândia foi além: com base nas informações médicas de 4 734 pessoas, coletadas de 2004 a 2011, eles avaliaram tal impacto em longo prazo e também a frequência ideal para tirar proveito dessas vantagens.
Os voluntários foram divididos entre aqueles que receberam o diagnóstico há pouco mais de oito anos (ou seja, 1 589 indivíduos) e os que não passaram pelo problema até então (3 145 participantes).
Cruzando os dados coletados, os experts observaram que integrantes de ambos os grupos que dedicavam pelo menos 360 minutos por semana a atividades físicas de lazer apresentavam um risco significativamente menor de mortalidade relacionada ao câncer em comparação aos sedentários. Estes, diga-se de passagem, viram o perigo de morte aumentar.
E não se deixe desmotivar por esse número, que parece impossível de alcançar. Na prática, seria o equivalente a cerca de 52 minutos diários andando de bicicleta, caminhando no parque e afins. Para melhorar, as vantagens se estenderiam a outras doenças. Suar a camisa por 150 minutos ou mais por semana derrubou entre 45 e 59% a propensão à mortalidade por qualquer causa.
Vale ressaltar que, embora os benefícios obtidos por quem colocou o corpo em movimento durante menos tempo tenham sido considerados irrelevantes nessa pesquisa, qualquer exercício ainda é melhor do que ficar parado, combinado?