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Vacina da febre amarela em crianças: restrições e quem deve tomar

Alguns cuidados adicionais precisam ser considerados na infância antes de optar pela vacinação contra essa doença

Por Da Redação
Atualizado em 21 jan 2019, 16h32 - Publicado em 29 jan 2018, 12h18
restricoes da vacina febre amarela
Novo guia médico orienta sobre como proceder com a vacina da febre amarela em crianças (Foto: GI/Getty Images)
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A febre amarela pode ameaçar especialmente as crianças, que estão com o sistema imunológico ainda imaturo. Só que a vacina nessa faixa etária envolve algumas medidas e restrições – que foram abordadas em detalhe num novo documento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Pra começo de conversa, o texto reforça um ponto crucial: antes dos 6 meses de idade, nenhum bebê deve ser imunizado contra a febre amarela. Entre os 6 e os 9 meses, a injeção só é autorizada com a anuência de um médico e se realmente houver necessidade (se o pequeno, por exemplo, vive em uma área de alto risco de transmissão da infecção).

Além disso, os experts da SBP pedem atenção com a possível interação entre a vacina contra essa doença e outras que são tipicamente administradas na infância. Mais especificamente, o ideal é não oferecer o imunizante da febre amarela simultaneamente com a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) ou com a tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) em pequenos com menos de 2 anos.

“Para crianças que não receberam nenhuma dessas vacinas, a orientação é que tomem a dose da febre amarela e agendem a tríplice viral ou a tetra viral para pelo menos 30 dias depois”, explica o médico Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações SBP, em um comunicado à imprensa. “As demais vacinas do calendário podem ser administradas no mesmo dia que a da febre amarela”, tranquiliza.

Outra coisa: como nos adultos, crianças e adolescentes com forte alergia ao ovo só podem receber a injeção após avaliação médica criteriosa e dentro de um ambiente com condições de atendimento de emergência. São particularidades que, no fim das contas, exigem uma conversa com o pediatra.

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De maneira geral, a vacina é bem tolerada. Febre, dor de cabeça ou muscular, entre outros sintomas, acometem de 2 a 5% de quem a toma. Aquelas reações adversas graves só acontecem, de acordo com a SBP, em uma a cada 250 mil doses aplicadas.

E a dose fracionada?

Segundo o documento da SBP, ela só deveria ser dada a crianças com mais de 2 anos de idade – essa é, de fato, a recomendação vigente nas campanhas de vacinação em andamento. Nas menores, preconiza-se a dose plena.

O motivo? Faltam pesquisas sólidas da vacina com dose fracionada especificamente com os pequenos menores de 2 anos.

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Aliás, uma criança que vai viajar a um país que exija aquele certificado internacional de vacinação, precisa tomar a dose normal. Caso contrário, ela não vai conseguir entrar nessa nação.

As mães que estão amamentando

Destaque para as mulheres que estão amamentando os menores de 6 meses. Se elas viverem em áreas com transmissão da febre amarela e ainda não tiverem recebido a vacina, a SBP afirma que uma dose fracionada poderia ser administrada. Mas… o aleitamento materno precisará ser suspenso por dez dias após a imunização.

Agora, mulheres nessas situações que não vivem numa região dessas devem seguir sem a vacina. De novo, principalmente se o seu filho tem menos de 2 anos, ligue para o pediatra e veja qual caminho seguir.

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