Exame de imagem para crianças e adolescentes: só quando necessário
Sociedades médicas pedem que a indicação de raio x, tomografia e outros métodos similares sejam receitados apenas quando há fundamentação
A Sociedade Brasileira de Pediatria e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem lançaram a campanha “Justifique!”, cujo intuito é conscientizar pediatras e outros profissionais sobre a importância de ter bastante critério ao solicitar exames como raios X e tomografia computadorizada entre crianças e adolescentes.
Assim, o pequeno não é submetido a doses desnecessárias de radiação. “Ainda incentivamos que, na guia do pedido, o médico explique brevemente qual o objetivo do exame”, conta a médica Dolores Bustelo, idealizadora da ação. “Com isso, o radiologista e os técnicos podem orientar melhor o procedimento”, diz.
Questão cultural
Muitas vezes, a solicitação de raios X e tomografia acontece em decorrência da insistência de pais angustiados. “Há uma impressão de que o tratamento só é adequado se a criança passar por exames”, observa Dolores. Para evitar procedimentos dispensáveis, esse comportamento também precisa ser revisto.
Blindagem extra
Há outros detalhes que garantem a proteção nesses exames
Foco: para flagrar uma pneumonia, irradia-se só o pulmão. Daí a relevância da guia mais detalhada.
Acessórios: protetor de tireoide e avental de chumbo são essenciais para resguardar o corpo da radiação.
Auxílio dos pais: quando eles ajudam a acalmar e segurar as crianças, cai o risco de precisar repetir o exame.
Intensidade: os técnicos utilizam a menor dose possível de radiação para obter as melhores imagens.