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Memória Viva

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O neurologista e pesquisador Wyllians Borelli, coordenador do Centro de Memória do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, compartilha os progressos e os desafios para preservar a saúde cerebral e se proteger de Alzheimer e outras doenças

Não é preciso esperar a demência chegar: é fundamental falar em prevenção

Menos de 5% dos casos de Alzheimer são hereditários — saiba como agir agora para prevenir a demência e proteger sua memória

Por Wyllians Borelli
Atualizado em 27 out 2025, 07h33 - Publicado em 26 out 2025, 04h00
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Existem diversos tipos de demência, e muitos deles estão relacionados a fatores de risco modificáveis (Ildar Abulkhanov/Getty Images)
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Digamos que seu avô paterno e sua tia materna tiveram esquecimentos importantes, mas não chegaram a ter o diagnóstico de doença de Alzheimer.

Antigamente, muito dificilmente se falava nisso, e esses quadros de esquecimento eram considerados “normais da idade” ou parte do envelhecimento. Sabendo que poderiam ser demência, qual o seu risco? Digamos que você não tenha nenhum parente com história de esquecimento, você pode ficar tranquilo que não vai ter demência? Vamos com calma, não é bem assim.

Como a doença de Alzheimer e outros quadros demenciais não têm um tratamento que pare ou reverta a doença, a comunidade científica busca fortemente um ponto em comum: prevenção. Para isso, precisamos entender o quanto eles são, de fato, evitáveis, e o quanto não são.

Agora vem a notícia: menos de 5% dos casos de Alzheimer são herdados geneticamente. Isso significa que ter alguém na família com Alzheimer ou demência afeta pouco, ou quase nada, sua chance de desenvolver a doença.

Isso mesmo, o seu código postal determina sua saúde mais do que seu código genético.

É de saber popular que “alimentação saudável, exercício físico e fazer palavras-cruzadas ajudam a evitar demência”. Na minha opinião, isso não ajuda em nada. Entra por um ouvido e sai pelo outro. Efeito prático? Zero. Mas então, o que podemos de fato fazer, baseado em ciência, comprovadamente que funciona? Vamos aos fatos.

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Mais da metade dos casos de demência pode ser evitada

Com o conhecimento que temos hoje, afirmamos com muita convicção que muitos dos casos de demência podem ser prevenidos, evitados, modificados.

Como mencionei em textos anteriores, o Lancet Comission é um grupo dos principais pesquisadores da área, e inclui uma pesquisadora brasileira chamada Cleusa Ferri. Esse grupo avalia rigorosamente os fatores que aumentam ou diminuem o risco de desenvolver a doença. E a notícia é muito boa — metade dos casos de demência podem ser evitados.

Aliás, mais da metade, segundo um artigo que a Dra. Claudia Suemoto liderou e foi publicado recentemente. Hoje temos 14 fatores de risco de demência que podem ser modificados, evitados, prevenidos. Esses 14 fatores têm um efeito na sua memória maior do que sua herança genética.

Hoje vamos descrever brevemente quais são os 14 fatores, e vamos entrar em mais detalhes nas próximas edições desse espaço.

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A hora de prevenir é agora

Antes de começarmos, precisamos definir algumas coisas. Uma delas: a hora de prevenir é agora. Não é quando voltar das férias, quando se mudar de casa, ou quando o filho terminar a faculdade.

Se eu pudesse adivinhar, diria que você tem entre 50 e 60 anos e se interessa por saúde — ou seja, meio caminho andado. Digo isso pensando especialmente que você, caro leitor, é a pessoa que pode evitar demência.

É exatamente para você que a prevenção começa — claro que idosos também se beneficiam, mas aqui estamos falando de proteção do cérebro. Tempo é memória, nesse caso.

Os 14 fatores de risco modificáveis para demência

Brevemente, vamos aos fatores de risco modificáveis de demência:

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Bastante coisa, né? Mas calma, vamos juntos modificar cada um desses ao longo dos próximos textos desta coluna. Por enquanto, quero que você leve a notícia de que temos, sim, muita coisa a ser feita.

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