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O Futuro do Diabetes Por Blog Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Novo medicamento marca uma nova era no tratamento da obesidade

Segundo estudo, o remédio tirzepatida resultou em uma perda de peso que se aproximou dos efeitos da cirurgia bariátrica. Nosso colunista comenta

Por Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 13 jul 2023, 17h13 - Publicado em 7 jun 2022, 09h36
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  • O grande destaque do congresso da Associação Americana de Diabetes é justamente um estudo em pessoas sem diabetes. Trata-se do tão esperado SURMOUNT-1 com voluntários que possuem obesidade (sem diabetes) e que avaliou o efeito da tirzepatida, uma molécula de injeção subcutânea semanal. 

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    A tirzepatida é um chamado coagonista, porque atua mimetizando dois hormônios intestinais: o GLP-1 e o GIP. Em conjunto, as substâncias induzem a uma perda de peso potente e por diferentes mecanismos, tanto cerebrais como via gastrointestinais. 

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    +Leia também: Atlas Mundial da Obesidade traz dados preocupantes

    Nessa pesquisa, foram incluídas cerca de 2 500 pessoas com peso médio de 104 quilos e um índice de massa corporal de 38 kg/m2 – dentro do que é considerado obesidade. Durante o acompanhamento de um ano e meio, a perda média de peso com a maior dose do medicamento foi de cerca de 21%. 

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    Os efeitos colaterais mais comuns foram náusea (acometendo cerca de 30% das pessoas) e diarréia (20%). Na maioria das vezes, os sintomas foram leves e transitórios.  

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    A tirzepatida acabou de ser liberada nos Estados Unidos para tratamento de pessoas com diabetes tipo 2 e aguarda esta aprovação no Brasil. Ainda são necessários mais estudos para sua aprovação para obesidade. 

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    De qualquer forma, os resultados do SURMOUNT-1 são um marco no tratamento da obesidade, com altos índices de redução de peso na maior parte das pessoas incluídas. É o mais perto que chegamos do efeito da cirurgia bariátrica. 

    Imagine que, no dia-a-dia de consultório, ainda poderemos associar a tirzepatida a outros tratamentos disponíveis e potencializar ainda mais os resultados. 

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    Mas, se me permitem, um recado que nunca pode ser deixado de lado: valorizem a alimentação saudável e a atividade física regular.

    Tirzepatida ainda não está liberada

    O composto ainda não foi aprovado para o tratamento da obesidade nos Estados Unidos e não está liberado para nenhum tipo de uso no Brasil. 

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    Entretanto, já há pessoas procurando por ele como um substituto do Ozempic, outro medicamento, utilizado para tratar diabetes, mas sendo prescrito de maneira off-label contra a obesidade.

    Ficam, então, dois alertas: a tirzepatida ainda não é considerada um remédio para o emagrecimento e sua comercialização não está permitida no território brasileiro.

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