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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes

Diretriz traz 7 mudanças importantes no tratamento da hipertensão

Sociedade médica norte-americana atualizou documento de 2017, com orientações que também podem ser incorporadas por profissionais brasileiros

Por Carlos Eduardo Barra Couri
18 ago 2025, 11h51
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Hipertensão é a principal causa de AVCs e uma das principais de infarto (Freepik/Reprodução)
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De tempos e tempos, especialistas em saúde cardiovascular revisam as melhores práticas para nos ajudar a viver mais e melhor. As Diretrizes Americanas de 2025 para Prevenção, Detecção, Avaliação e Manejo da Pressão Arterial Alta em Adultos chegaram, trazendo atualizações importantes sobre como encaramos a pressão alta.

Essas orientações substituem as de 2017 e foram criadas para ajudar médicos e profissionais de saúde a otimizar o tratamento da hipertensão. Para você, significa novas formas de proteger seu coração, rins e cérebro.

Veja a seguir os destaques:

1. O “novo normal” para a pressão arterial

A classificação da pressão arterial ficou assim:

Normal: Menos de 120 mm Hg sistólica e menos de 80 mm Hg diastólica.

Elevada: Sistólica maior ou igual a 120 até 129 mm Hg e Diastólica menor que 80 mm Hg.

Hipertensão Estágio 1: Sistólica entre 130 e 139 mm Hg ou Diastólica entre 80 e 89 mm Hg.

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Hipertensão Estágio 2: Sistólica igual ou maior que 140 mm Hg ou Diastólica igual ou maior que 90 mm Hg.

Ou seja, uma medida de 125 por 75 já é considerada pressão elevada. A classificação mais rigorosa reflete um entendimento profundo de que mesmo níveis que antes eram considerados “normais” ainda representam risco para doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos, derrames, insuficiência cardíaca e doença renal crônica.

+Leia também: Só uma em cada dez pessoas reconhece pressão alta como ameaça ao coração

2. Quando se deve iniciar o uso de medicamentos

Não é apenas sobre os números da pressão arterial, mas também sobre o seu risco geral de saúde cardiovascular.

Neste ponto, todo paciente deve ter seu risco cardiovascular calculado pela equação PREVENT.

A importância fundamental do uso da calculadora PREVENT para o médico reside na sua capacidade de guiar decisões clínicas cruciais na prevenção e manejo da hipertensão.

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Se a pressão for ≥140/90 mm Hg (estágio 2), a medicação é recomendada para todos os adultos.

Se a pressão estiver entre 130/80 mm Hg e 139/89 mm Hg (estágio 1), o tratamento medicamentoso é recomendado se você tiver:

  • Doença cardiovascular clínica;
  • Histórico de derrame;
  • Diabetes;
  • Doença renal crônica;
  • Risco previsto de 10 anos para doenças cardiovasculares de ≥7,5% (calculado pela equação PREVENT)

Para quem tem pressão no estágio 1, mas com risco menor (<7,5% no PREVENT), a diretriz recomenda primeiro tentar mudanças de estilo de vida por 3 a 6 meses.

3. Estilo de vida é pilar do tratamento

As mudanças no estilo de vida continuam sendo a pedra angular da prevenção e do tratamento da hipertensão para todos os adultos. Elas incluem:

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  • Manter um peso saudável: Buscar uma redução de pelo menos 5% do peso corporal é recomendado para prevenir ou tratar a pressão alta;
  • Alimentação saudável para o coração: Adotar padrões alimentares como o DASH, rico em frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios desnatados, com baixo teor de gordura saturada e total;
  • Reduzir o sódio: O ideal é consumir não mais que 1500 mg de sódio por dia, embora o limite máximo seja 2300 mg;
  • Aumentar o potássio na dieta: Ingerir de 3500 a 5000 mg por dia;
  • Exercícios físicos regulares: Pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana e exercícios de resistência em 2 ou mais dias por semana;
  • Manejo do estresse e álcool: Reduzir ou eliminar o consumo de álcool e gerenciar o estresse.

+Leia também: Estudo explica os benefícios do exercício aeróbico contra a hipertensão

4. Combinar medicamentos

A maioria das pessoas precisará de mais de um remédio para controlar a pressão arterial.

Para adultos com hipertensão estágio 2, a diretriz agora recomenda iniciar o tratamento com dois medicamentos de primeira linha de classes diferentes, idealmente em uma combinação de pílula única.

5. Foco no diabetes

Se você tem diabetes tipo 2 e hipertensão, as recomendações são mais rigorosas devido ao risco cardiovascular elevado. Ou seja, quem tem as duas doenças precisa seguir à risca o tratamento e as mudanças no estilo de vida.

+Leia também: Qual a relação entre hipertensão e diabetes?

6. Monitoramento e suporte digital

O monitoramento residencial da pressão arterial, combinado com cointervenções como educação do paciente e teleconsultas, é uma ferramenta importante para melhorar o controle da pressão arterial e a adesão ao tratamento.

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7. Cuidado multidisciplinar

A diretriz enfatiza a importância de uma equipe de saúde multidisciplinar (que pode incluir médicos, farmacêuticos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais) para avaliar e superar barreiras que possam dificultar o controle da hipertensão.

Em suma, as novas diretrizes de 2025 reforçam a importância de uma abordagem proativa e personalizada para o manejo da hipertensão.

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