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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes

Dia do Endocrinologista: um aliado essencial no combate às fake news

Os hormônios protagonizam uma série de informações equivocadas na internet. E o médico endócrino é a melhor pessoa para desmenti-las

Por Carlos Eduardo Barra Couri
1 set 2025, 11h14
médico 4.0
Endocrinologistas precisam estar atentos ao que circula nas redes sociais (Foto: National Cancer Institute/Unsplash/Divulgação)
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No dia 1º de setembro, celebramos o Dia do Endocrinologista, uma data que convida à reflexão sobre a importância de uma das especialidades médicas mais fascinantes, mas também mais deturpadas no cenário atual da saúde.

A endocrinologia, ciência que se dedica ao estudo dos hormônios e de suas repercussões no organismo, está cada vez mais em evidência. Contudo, infelizmente, também tem sido alvo de banalização, fake news e apropriações indevidas que colocam em risco a saúde da população.

Minha escolha pela endocrinologia não foi por acaso. Ainda na faculdade, percebi a grandiosidade da especialidade: um campo que transita entre o comum e o raro, entre doenças altamente prevalentes e condições de extrema raridade, mas todas com impacto profundo na vida dos pacientes.

Desde então, segui meu caminho com residência médica, doutorado e pós-doutorado, sempre envolvido com essa área que considero uma das mais lindas da medicina. A cada dia me convenço mais de que compreender os hormônios é compreender a essência da vida.

Eu queria tanto fazer endocrinologia que, quando residente, não entendia a importância de passar primeiro na residência de clínica médica para depois fazer endocrinologia propriamente. Hoje entendo e agradeço por ter uma sólida base de clínica geral.

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Endocrinologista atua contra diabetes, obesidade e distúrbios da tireoide

A endocrinologia lida com doenças altamente prevalentes e potencialmente fatais, como diabetes, obesidade, distúrbios da tireoide e do colesterol e triglicérides. Elas são responsáveis, dentre outras coisas, por elevar o risco cardiovascular e figuram entre as principais causas de morte no Brasil.

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Além disso, a especialidade envolve o manejo de doenças da adrenal e da hipófise, algumas raras, mas nem por isso menos importantes. O cuidado com esses pacientes exige formação sólida, residência médica estruturada, título de especialista e atualização constante.

Segundo a Demografia Médica no Brasil, divulgada recentemente, a endocrinologia é uma das áreas que mais sofre com a proliferação de cursos de pós-graduação. Dados oficiais apontam para 147 cursos de pós-graduação latu sensu.

É fundamental destacar: não existe endocrinologia sem endocrinologista. O título de especialista não é mero detalhe burocrático, mas a garantia de que o profissional passou por anos de estudo e treinamento para cuidar de pessoas com doenças que exigem precisão diagnóstica e terapêutica.

O perigo das promessas milagrosas e falsas especialidades

Vivemos um tempo em que a endocrinologia se tornou “moda”. O interesse da população pela busca de bem-estar, performance e emagrecimento criou um terreno fértil para promessas milagrosas, tratamentos sem respaldo científico e a proliferação de falsas especialidades.

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Termos inventados, profissionais sem residência médica e títulos falsos passaram a ocupar espaço, sobretudo nas redes sociais.

Entre os temas mais distorcidos estão as chamadas terapias hormonais “anti-aging”, dietas milagrosas para emagrecimento rápido, diagnósticos fantasiosos como “falência adrenal” e promessas de modulação hormonal que mais confundem do que esclarecem.

Nesse cenário, o paciente — muitas vezes em busca de soluções rápidas — acaba sendo vítima de más práticas que nada têm a ver com a endocrinologia de verdade.

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Por que a desinformação é a maior inimiga da endocrinologia?

A desinformação é um dos maiores inimigos atuais da especialidade. Em paralelo ao avanço da ciência médica, que permite diagnósticos cada vez mais precoces e tratamentos eficazes, cresce a onda de fake news que ameaçam a segurança da população.

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E aqui está um ponto central: a endocrinologia não pode ser resumida a redução do peso corporal e estética. Embora o manejo do peso corporal seja parte relevante da prática clínica, a especialidade vai muito além disso.

É a endocrinologia que atua na linha de frente contra o diabetes, que acompanha pacientes com doenças raras e graves da hipófise e da adrenal, que conduz o tratamento de alterações tireoidianas que afetam milhões de brasileiros. É ciência de ponta, não palco para promessas vazias.

A importância de valorizar a vida

Neste Dia do Endocrinologista, o convite é para a sociedade refletir sobre a importância de procurar profissionais verdadeiramente qualificados. Mais do que nunca, é preciso resgatar a essência da endocrinologia: uma especialidade que exige dedicação, estudo e responsabilidade, e que tem como missão preservar a saúde e a vida dos pacientes.

No dia 1º de setembro, celebramos não apenas os endocrinologistas, mas também o compromisso com uma medicina ética, responsável e transformadora. Que possamos seguir valorizando a endocrinologia de verdade: aquela que se baseia em evidências, que enfrenta doenças graves, comuns ou raras, e que se dedica a oferecer o melhor cuidado para cada paciente.

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