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Tem dermatite atópica? Maneire no consumo de sal

Estudo mostra que um pequeno aumento na ingestão diária (1g) do tempero já pode piorar os sintomas da doença

Por Paola Pomerantzeff, dermatologista*
1 ago 2024, 17h30
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Doença aflige 25% das crianças brasileiras, mas população ainda não sabe identificá-la. Causas reais, diagnóstico e tratamento ainda são barreiras até para os médicos (foto: Tharakorn Arunothai - Istock / Ilustração: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital)
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Para pacientes com dermatite atópica, o quanto se usa o saleiro pode fazer a diferença na saúde. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade da Califórnia, que mostrou que um pequeno aumento na ingestão diária de sal — de 1g, ou uma colher de café — pode elevar o risco de crises da doença.

Também chamada de eczema, essa doença cutânea inflamatória crônica tem origem multifatoria, com forte predisposição genética, e causa uma alteração da barreira protetora da derme, o que traz por consequência secura e coceira à pele.

É uma das condições dermatológicas mais comuns, sendo que 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7% dos adultos podem ser acometidos.

+ Leia também: Novo arsenal contra a dermatite atópica

O eczema tem se tornado cada vez mais comum nos últimos anos, especialmente nos países ocidentais, por conta de fatores ambientais e de estilo de vida, como a dieta alimentar.

Qual é a relação entre sal e dermatite atópica?

Os pesquisadores descobriram que o sódio é armazenado na pele. Em excesso, o mineral pode desencadear inflamação no corpo. E dados epidemiológicos sugerem que a alimentação de uma pessoa está associada à piora do eczema.

As descobertas do estudo não mostram que o sal causa a doença, mas sim que existe uma associação entre as duas coisas. Ou seja, a dieta mais salgada pode ser um gatilho para a piora da doença.

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O estudo analisou dados de mais de 215.000 pessoas entre os 30 e os 70 anos de idade. Eles descobriram que cada grama adicional de sódio excretado na urina durante 24 horas estava associado a chances 11% maiores de diagnóstico de eczema; 16% maiores de ter um caso ativo e 11% maiores de maior gravidade.

Como lidar com a dermatite

Pode ser difícil de lidar com as crises, especialmente quando os pacientes são incapazes de antecipá-las e não têm recomendações sobre o que fazer para evitá-las.

As regiões de secura e coceira estão geralmente em áreas de dobras — pescoço, atrás dos joelhos e dobras dos braços e pulsos.

Pele seca coça por si só. E o ato de coçar causa escoriação e a liquenificação da pele (a pele se torna ainda mais seca e coça mais). Por isso deve-se hidratar muito a pele para tentar ‘romper esse ciclo’.

Para tratar a condição, o médico pode indicar hidratantes específicos, medicamentos e uma série de recomendações. Além disso, alguns cuidados precisam ser tomados no dia a dia.

Por exemplo, a lavagem das roupas do paciente (vestimenta, lençóis e toalhas) deve ser feita preferencialmente com sabão de coco e com muito enxague. Não é recomendado usar amaciantes nem sabões perfumados.

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Gatos e cachorros, devido a presença de pelos, podem desencadear e agravar o quadro. Assim como ácaros. Por isso, a casa deve ser limpa, sem carpete, cortinas de tecidos e bichos de pelúcia. A coceira deve ser tratada com anti-histamínicos quando necessário.

Por fim, a redução da ingestão de sal na dieta pode ser um cuidado adicional, como mostrou o estudo.

*Paola Pomerantzeff é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)

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