Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Sexo e coração: não se esqueça dele na hora agá

Novo estudo traz alerta para casos de morte súbita durante ou após o ato sexual entre homens jovens. Cardiologista comenta

Por Celso Musa, cardiologista*
1 mar 2022, 10h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nosso intuito não é colocar nenhum homem em pânico, mas alertar para alguns cuidados, já que o coração pode penar em um momento que teria tudo para ser prazeroso. Pois um estudo recente vem mostrar que, embora não seja algo comum, mesmo homens jovens e sem problemas cardíacos aparentes podem ter uma parada e sofrer morte súbita durante ou após a atividade sexual.

    Publicidade

    Sim, você já deve ter assistido a alguma cena no cinema ou mesmo lido alguma notícia sobre alguém famoso que morreu na hora agá. A questão é que o sexo não deixa de ser um exercício físico que pode ser mais intenso e extenuante em algumas situações.

    Publicidade

    Isso desencadeia aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca e pode levar a arritmias e infarto em quem tem suscetibilidade.

    O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (Jama), analisou 6 800 autópsias de pacientes que morreram subitamente e descobriu que 0,2% dessas mortes estavam associadas à atividade sexual e envolviam predominantemente homens jovens, em média de 38 anos.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    + Leia também: O que é mal súbito e quais as suas causas

    O achado mais importante da análise é que 53% dos pacientes que apresentaram morte súbita durante a prática sexual ou até uma hora após o ato possuíam coração estruturalmente normal.

    Publicidade

    O dado serve de alerta para a prevenção de ataques cardíacos. Além dos cuidados no estilo de vida, é importante fazer avaliações médicas periódicas, mesmo que não existam sintomas, a fim de detectar alguma alteração cardiológica que possa ser corrigida.

    Continua após a publicidade

    A atenção deve ser redobrada em indivíduos sedentários, com hipertensão ou diabetes e que apresentem história prévia de desmaios ou casos na família de morte súbita atribuídas a doenças cardíacas. Também não se deve menosprezar sintomas como falta de ar, dor no peito e sensação de coração acelerado.

    Publicidade
    Compartilhe essa matéria via:

    Estar ciente disso é muito importante pois pessoas com doenças no coração correm maior risco de morte súbita, em especial aquelas com alterações no músculo cardíaco (miocardiopatias), infarto prévio, angina ou que fizeram cirurgia de revascularização do miocárdio (a popular ponte de safena).

    Continua após a publicidade

    Outro assunto que é um tabu entre os homens de meia idade e tem a ver com o coração é a disfunção erétil e a queda da libido. Não é raro vermos gente recorrendo às famosas “pílulas azuis” nessas situações.

    Publicidade

    Elas não fazem mal ao coração, mas, ao promover uma ereção mais prolongada e favorecer um ato sexual mais longo e vigoroso, podem inadvertidamente levar a um maior esforço do músculo cardíaco.

    + Leia também: Cuidado com o ‘melzinho do amor’

    Continua após a publicidade

    Que fique claro: o que faz o sujeito morrer durante o sexo não é o comprimido para disfunção erétil, mas o esforço extenuante para o coração em alguém sem condicionamento físico adequado. Lembrando que a dificuldade para ter e manter ereção pode ter a ver com a doença cardiovascular.

    A prevenção sempre é a melhor maneira de afastar esse tipo de complicação. Então, além de cuidar da alimentação e evitar o ganho de peso e o fumo, é fundamental controlar os níveis de pressão, colesterol e glicose. E não deixar de fazer exercícios físicos de forma regular.

    Isso proporciona um condicionamento para a atividade sexual, tornando o ato em si mais seguro. Por fim, cabe destacar que o sexo tem um efeito protetor para o coração.

    Continua após a publicidade

    Fora ser um exercício de intensidade moderada, os hormônios liberados no momento ajudam a equilibrar as funções metabólicas e a saúde mental.

    * Celso Musa é cardiologista dos Hospitais Samaritano Barra e Vitória, no Rio de Janeiro

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.